O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, voltou para sua casa, em um condomínio fechado, localizado em um bairro nobre de Brasília na noite desta quinta-feira (11). Torres irá cumprir prisão domiciliar.
O ex-ministro, que estava acompanhado de seus advogados, usava tornozeleira eletrônica, uma das condições para a liberdade provisória, concebida horas antes pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). As informações são do R7.
Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, estava preso desde 14 de janeiro em Brasília, deixou a prisão nesta quinta (11) e cumprirá prisão domiciliar com tornozeleira – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ND
Além do uso de tornozeleira eletrônica, o ministro determinou a suspensão do porte de arma de fogo e proibiu a saída de Torres do Brasil.
O ex-ministro também não pode usar redes sociais nem manter contato com outros investigados no inquérito sobre o 8 de janeiro. Ele deve, ainda, permanecer afastado do cargo de delegado da Polícia Federal.
Torres voltou para casa depois de deixar o 4º Batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal, onde estava preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão em relação aos atos ocorridos no dia 8 do mesmo mês, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Investigações 3u3wp
No primeiro depoimento que deu à Polícia Federal, em 18 de janeiro, Anderson Torres permaneceu calado. Em 3 de fevereiro, ele aceitou depor novamente e falou por cerca de dez horas sobre os atos em Brasília. E afirmou que houve “falha grave” na atuação da Polícia Militar do DF naquele dia.
Além da omissão em 8 de janeiro, Torres é alvo de uma investigação da Polícia Federal que apura se ele interferiu na Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições do ano ado. No depoimento prestado sobre o caso, o ex-ministro negou interferência no órgão durante o período eleitoral.
