O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, deu prazo de 24 horas para que o PL (Partido Liberal), partido do presidente Jair Bolsonaro, faça o aditamento da petição na qual pede a anulação de votos das eleições.
Mais cedo, a sigla entrou com representação no Tribunal para anular votos de alguns modelos de urnas eletrônicas nas eleições do último dia 30 de outubro, data do segundo turno.

No despacho, Moraes pede que o partido apresente a relação de urnas supostamente defeituosas nos dois turnos, alegando que as urnas também foram usadas no primeiro turno..
“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 horas”, decidiu o ministro.
Mais cedo, o PL protocolou no TSE uma representação eleitoral para questionar o resultado da eleição e apontou o suposto mal funcionamento de algumas urnas. Na ação, o partido pede a anulação dos votos de urnas eletrônicas de modelos anteriores ao de 2020.
O pedido de irregularidade está fundado em uma suposta irregularidade identificada em um dos arquivos gerados, chamado de “log de urna”. O documento permite associar os votos com as urnas onde foram registrados, segundo o engenheiro Carlos Rocha, que fez auditoria encomendada pelo partido.
Apesar do pedido feito pelo partido, Rocha reconheceu que o pleito realizado neste ano está mais transparente que os anteriores. Dentre as melhorias aplicadas em 2022, ele cita a criação do Observatório de Transparência das Eleições e do glossário das eleições, que descreve os arquivos gerados pela urna.