AGU pede que redes sociais removam fake news sobre doação de alimentos no RS 2v3c2g

Fake news em publicações do X, TikTok e Kwai alegam que as cestas básicas entregues ao estado seriam doações de particulares reembaladas com a logomarca do governo

A AGU (Advocacia-Geral da União) pediu, nesta quarta-feira (15), que as redes sociais X (antigo Twitter), TikTok e Kwai removam, no prazo de 24 horas, publicações com fake news sobre a doação de alimentos às pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Fake news seriam sobre doação de alimentos às pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do SulPublicações alegam que as cestas básicas entregues ao estado seriam doações de particulares reembaladas com a logomarca do governo federal – Foto: Reprodução/Gabriel Lyon/MDS/ND

A medida da AGU tem caráter extrajudicial, ou seja, foi feita de forma direta pelo órgão, não envolvendo a Justiça.

Fake news sobre cestas básicas foram publicadas nas redes sociais 3b6y4v

Segundo informou a AGU, as publicações alegam que as cestas básicas entregues ao estado seriam doações de particulares reembaladas com a logomarca do governo federal, fato que já foi desmentido pelo poder público e por serviços independentes de checagem.

Ainda de acordo com o órgão, as postagens feitas nessas plataformas não condizem com a realidade e pretendem “enganar” a população sobre as ações governamentais.

“A divulgação enganosa desqualifica toda a política pública destinada a atender às pessoas em vulnerabilidade, atingidas por situações de emergência ou calamidade pública, que se encontram em situação temporária de dificuldade de o a alimentos, desencorajando inclusive o apoio da sociedade civil na ajuda mútua ao desabrigados no Rio Grande do Sul”, argumentou a AGU.

O órgão reforça ainda que a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), órgão da AGU que atua no caso, juntou às notificações extrajudiciais documentos comprovando que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) investiu R$ 8,4 milhões na aquisição e distribuição de 52 mil cestas de alimentos para os atingidos pela calamidade.

A PNDD também ressalta nas notificações que as fake news publicadas afrontam os termos de uso das próprias plataformas e reitera que “a liberdade de expressão não pode servir de salvaguarda para a prática maliciosa de atos que atinjam outros direitos, como o direito à informação”.

Por fim, a AGU solicitou às plataformas que, caso o pedido de remoção das postagens não seja acolhido, que seja acrescentado um esclarecimento do MDS de que a informação veiculada na publicação é falsa.

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