A prisão dos prefeitos de Lages, Antônio Ceron (PSD), e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PL), aram a ocupar as manchetes dos meios de comunicação do Estado pela relevância de suas lideranças em duas regiões e pelo protagonismo de seus partidos.

A prisão foi requerida pelo Gaeco, na segunda etapa da Operação Mensageiro, que vem investigando atos de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação em contratos de coleta de lixo. No epicentro do magno escândalo de corrupção está o grupo Serrana Engenharia, criado em Lages há 30 anos por Odair Manrich e hoje com sede em ville.
Trata-se de um grupo com mais de 6 empresas e que atua nas áreas de engenharia ambiental, água e esgoto, engenharia elétrica, presente em 140 municípios e com 900 colaboradores, segundo dados do sitio oficial.
Na primeira fase da Operação Mensageiro, há dois meses, foram expedidos mandados de busca e apreensão em 20 municípios: Lages, Imaruí, Pescaria Brava, Braço do Norte, Tubarão, Capivari de Baixo, Agrolândia, Imbituba, Ibirama, Presidente Getúlio, Três Barras, Corupá, Itapoá, Shoereder, Guaramirim, Papanduva, Balneário Barra do Sul, Major Vieira, Canoinhas, Bela Vista do Toldo.
Naquela ocasião foram presos os prefeitos de Pescaria Brava, Papanduva e Balneário Barra do Sul, acusados de lavagem de dinheiro e ilícitos em contratos de saneamento, coleta de lixo e iluminação pública.
A prisão de Antônio Ceron tem maior repercussão política por seu protagonismo na vida pública e empresarial do Estado. É sócio do supermercado Myatã, foi deputado estadual e secretário de Estado. Afinado com o grupo do ex-governador Raimundo Colombo desde o antigo PFL.
Ceron emitiu nota, dizendo que tem 77 anos de vida ilibada, que sofre com a família, que provará sua inocência e que confia na Justiça.