A manhã de quarta-feira (30) foi atribulada no Centro istrativo, na SC-401, e na Casa d’Agronômica, residência oficial do governador de SC.
Agentes da Polícia Federal permaneceram por cerca de três horas na residência em investigação que busca indícios de crimes relacionados à aquisição emergencial de 200 respiradores pulmonares pelo governo do Estado. A aquisição foi junto à empresa particular Veigamed, no valor antecipado de R$ 33 milhões.

Em coletiva de imprensa no final da manhã desta quarta-feira, o governador Carlos Moisés avaliou a ação como uma “busca e apreensão desnecessária e injustificada”.
Segundo ele, há dois meses, o governo teria oferecido “muito mais” do que foi levado na operação desta quarta-feira, que apreendeu um computador e um celular de uso pessoal do governador.
“Na nossa avaliação não há nenhum fato novo que motive essa busca e apreensão. Continuamos acreditando na Justiça e à disposição dela para prestar qualquer outro esclarecimento necessário”, afirmou Moisés.
O governador disse ainda ter recebido a ordem judicial com tranquilidade. Ele ressaltou que os policiais federais foram liberados para ar todos os ambientes da Casa D’Agronômica, documentos e equipamentos eletrônicos.
De acordo com o governador, os agentes “se deram por satisfeitos”, levando apenas os dois itens apreendidos.
Compra dos respiradores 711bv
Carlos Moisés reforçou que não participa de nenhum processo de compra do governo e que nunca teve contato com nenhum dos investigados. No caso de compras relacionadas à saúde, o governador explicou que quem determina o pagamento é o setor de compras.
“No meio de todo o processo, há alguém que certifica uma nota, alguém que libera o pagamento. Existem servidores públicos responsáveis por isso e eles devem ser ouvidos para que os fatos sejam esclarecidos”, disse Moisés.
Envolvimento com empresários 1j2d55
Carlos Moisés alegou que o MPF (Ministério Público Federal) divulga que busca provas sobre a sua participação no processo de compra e o envolvimento com empresários.
“Eles buscam provas e não encontrarão, obviamente, porque não há participação nossa. Eu acredito na Justiça. Estamos aguardando com tranquilidade.”, defendeu Moisés.

O chefe do Poder Executivo disse que solicitou ao MPF o esclarecimento dos fatos e agilidade na resolução do processo. Ele cita que no dia 23 de abril, quando tomou ciência da situação da compra dos respiradores, a Polícia Civil foi acionada para que iniciasse a investigação. Posteriormente, foi aberto o inquérito policial.
Confiança no governo i1g3z
Durante a coletiva de imprensa, Moisés afirmou que o cidadão catarinense “acredita no seu governador” e que ações foram feitas para mostrar a competência de sua gestão.

O governador reiterou que a operação da PF é importante para mostrar ao cidadão que ele também foi investigado e para provar sua inocência.
“Para nós, essa ação vem a somar no esclarecimento da verdade. É isso que nós esperamos da Justiça. Quando se baseia em teses jurídicas, elas têm que ser superadas. É o que temos hoje. Alguém investigando e alguém cumprindo seu papel constitucional”, concluiu o governador.
Confira a nota oficial do Governo do Estado:
Em relação à Operação Pleumon deflagrada nesta quarta-feira, 30, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, o Governo do Estado de Santa Catarina informa que foram realizadas averiguações na Casa d’Agronômica e no Centro istrativo, em Florianópolis.
Foram entregues às autoridades policiais um celular e um computador que já haviam sido oferecidos previamente à investigação na data de 1º de julho.
Importante destacar que o Governo do Estado apoia todas as investigações necessárias para apurar eventuais irregularidades no processo de compra de respiradores e permanece à disposição das autoridades para colaborar.
Este apoio não é apenas formal, já que foi o próprio governador do Estado quem determinou, em 23 de abril, o início das investigações pela Polícia Civil.