Em viagem à Hungria, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com autoridades do país em Budapeste, nesta quinta-feira (17), para conversar sobre assuntos de interesse mundial e participar da de acordos internacionais de cooperação.

Em conversa com o presidente János Áder, Bolsonaro tratou sobre a preservação da Amazônia e a crise entre Rússia e Ucrânia. De acordo com o chefe do executivo brasileiro, a questão ambiental era o foco da reunião para o húngaro.
“Eu tive a oportunidade de falar pra ele o que representa a Amazônia para o Brasil e para o mundo. E muitas vezes as informações sobre essa região chegam para fora do Brasil de forma bastante distorcida, como se fôssemos os grandes vilões no que se leva em conta a preservação da floresta e sua destruição, coisa que não existe”, disse Bolsonaro.
Segundo publicação do portal R7, o líder da Hungria tinha dúvidas sobre o comprometimento do Brasil na conservação da Amazônia. Bolsonaro afirmou que 63% do território brasileiro é preservado e que o país tem uma atuação singular, que “não se encontra isso em praticamente nenhum outro país do mundo”.
“Então essa informação, essa desinformação, a para um lado de ataque à nossa economia, que vem em grande parte do agronegócio”, assegurou.
O presidente ainda disse que o país também se preocupa com reflorestamento e argumentou que não percebe essa atitude em países europeus de forma geral.
Com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, Bolsonaro participou de uma cerimônia de de atos internacionais de cooperação entre os dois países.
Os dois conversaram sobre crise entre Rússia e Ucrânia. Na opinião do brasileiro, guerra geralmente não interessa a ninguém no mundo e que todos perdem com o conflito, especialmente as nações vizinhas dos países envolvidos. Mais uma vez, o presidente mencionou a retirada de tropas russas da fronteira com a Ucrânia.
“ei um sentimento que tive, dessa viagem. Até mesmo pela coincidência de ainda estarmos em voo para Moscou e parte das tropas russas ser desmobilizada da fronteira. Entendo, sendo coincidência ou não, como um gesto de que a guerra realmente não interessa a ninguém”, relatou.
Acordos comerciais 6v5t6g
Em uma cerimônia para de atos internacionais com o primeiro-ministro húngaro, Bolsonaro falou da possibilidade de acordos entre Brasil e Hungria. O evento contou com a presença dos ministros Carlos França, das Relações Exteriores, e Braga Netto, da Defesa.
O presidente brasileiro afirmou que os países mantêm bom relacionamento e que há afinidades em “praticamente todos os aspectos”. Bolsonaro classificou de “ímpar” a relação entre as nações e chamou o primeiro-ministro de “irmão”.
“Então a possibilidade de ampliarmos as nossas relações comerciais, bem como outras ações. Como disse, muito bem disse, e se mostrou preocupado hoje pela manhã, o presidente da Hungria, isso faz apenas fortalecer cada vez mais esse nosso relacionamento”, reforçou.
Bolsonaro relembrou que 100 mil húngaros moram no Brasil e que muitos brasileiros vivem na Hungria, especialmente estudantes. “Essa agem aqui é rápida, mas deixará certamente um grande legado aos nossos povos”.
A agenda também contou com almoço entre as lideranças brasileiras e da Hungria e uma reunião com o presidente da Assembleia Nacional da Hungria, László Köver.
O presidente anunciou que vai retornar ao Brasil logo depois desses compromissos. Ele desembarca no Rio de Janeiro na sexta-feira (18), onde deve sobrevoar a cidade de Petrópolis, afetada por fortes chuvas.