Após as duas explosões que ocorreram nas proximidades do Aeroporto Internacional de Cabul, no Afeganistão, de autoria assumida do chamado ISIS-K (Estado Islâmico Khorasan), o cenário que se formou na cidade da Cabul remete à tragédia coletiva.
Com cerca de 70 mortos e 140 feridos, os ataques foram creditados ao atacante suicida Abdul Rahman al-Logari, do ISIS-K. O grupo, dissidente do Talibã paquistanês, é um rival em comum dos Estados Unidos e do Talibã, que, atualmente, voltou ao poder do Afeganistão.
Após a tragédia, o presidente estadunidense, Joe Biden, em entrevista coletiva concedida na Casa Branca, foi enfático ao prometer uma atitude. “Nós não vamos perdoar. Nós vamos caçá-los e fazer com que paguem”.
Confira momento das explosões no Aeroporto Internacional de Cabul: 3s57w
Relembre o caso 6jr3z
A retirada das forças militares dos Estados Unidos do Afeganistão ganhou os jornais de todo o mundo no último mês, já que, com a saída dos americanos, o grupo extremista do Talibã retornou ao Afeganistão para retomar o poder após 20 anos.
Com isso, diversos afegão buscaram deixar o país de origem em aviões de carga que tinham como destino o ocidente.
Os americanos ocupavam o país desde 2001, como numa forma de resposta aos ataques terroristas aos edifícios do World Trade Center, em Nova Iorque. Na época, a autoria da ação foi assumida pelo grupo Al Qaeda, que recebia abrigo no Afeganistão, então governado pelos talibãs.
A decisão de encerrar essa ocupação territorial foi tomada ainda no último ano, pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fixou até maio deste ano o prazo para a retirada dos militares. Eleito para a sucessão presidencial, Joe Biden assumiu o cargo e alterou o cronograma, que seria concluído em setembro, mas foi antecipado para agosto.