Alicante, na Espanha, já vive em clima de The Ocean Race. A Vila da Regata, montada desde 7 de janeiro, transformou a cidade que sedia o Centro de Controle da maior regata do mundo e de onde as equipes zarpam neste domingo (15). A competição deve chegar a Itajaí – a única cidade latinoamericana a sediar uma etapa – em abril deste ano.
A Vila da Regata ainda abriga um museu da competição, que mostra toda a trajetória da The Ocean Race, criada por britânicos em 1973. A exibição conta a história dos homens e mulheres que atravessaram os oceanos na chamada “Fórmula 1 dos mares“.

Os modelos dos barcos, os recordes conquistados, os heróis e as lendas da competição, além, claro, do troféu: o prêmio máximo a ser entregue à equipe vencedora na grande final, marcada para 25 de junho, em Genova, Itália.
“É a história da regata, como foi mudando, como vivem os velejadores nos barcos”, estão expostos no museu, conta a expositora Elvira Trujillo. Além disso, no museu, os visitantes podem se sentirem capitães de um barco com um simulador.
O Brasil 1, barco VO70, que participou na edição 2005-06 da regata, está disponível para visitação guiada. Grandes velejadores como Torben Grael, André Bochecha, Horácio Carabelli, entre outros, deram a volta ao mundo no Brasil 1 e conquistaram a terceira posição da regata.
Ainda na Vila da Regata fica o Centro de Operações da regata. De lá, a organização pode acompanhar todo o trajeto dos barcos, a milhares de milhas náuticas de distância. “Tudo que acontece em alto mar podemos dizer que a por aqui”, conta Freddy Ehrenborg, diretor de relações da The Ocean Race.
Novidades na regata h3z4l
A The Ocean Race 2023 terá duas classes de barcos pela primeira vez em 25 anos. A novidade é a classe IMOCA 60, composta por cinco barcos de alto rendimento, que disputam o troféu The Ocean Race e farão a volta ao mundo.
Já os seis monotipos VO65, que competiram nas últimas edições, continuam, porém agora lutarão pelo troféu Ocean Challenge, que será mais curto, disputado apenas na Europa. O resultado dessas mudanças será uma regata mais rápida, mais extrema e mais difícil de ganhar.
Itajaí será a única cidade da América Latina a sediar a maior regata do planeta. O percurso da Cidade do Cabo (África do Sul) até Itajaí entrará para a história como recorde de travessia de uma só etapa da viagem de volta ao globo: 12.750 milhas náuticas (23,6 mil km), uma maratona de um mês. Outra novidade desta edição é que pela primeira vez a corrida vai começar e terminar no Mediterrâneo.