Com verba para funcionar até outubro, UFSC estuda realizar novos cortes 1vmz

Ideia é diminuir ao menos R$ 1,8 milhão ao mês em todos os cinco Campi espalhados por Santa Catarina 5c1l6r

Para garantir o funcionamento das atividades durante o resto do semestre, a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) organiza as finanças a fim de realizar mais cortes. Na tarde da última terça-feira (27), membros do DEC (Diretório Central dos Estudantes), reitoria e representantes da comunidade escolar fizeram uma reunião para detalhar em quais áreas a universidade deve reduzir gastos. 

De acordo com a pró-reitoria, a ideia é diminuir ao menos R$ 1,8 milhão ao mês em todos os cinco campi espalhados pelo Estado. Mesmo com os cortes feitos nos últimos meses, a instituição tem verba para funcionar somente até meados de outubro. 

Com risco de funcionar até setembro, UFSC estuda novos cortes economizar R$ 1,8 milhão ao mês – Marco Santiago/NDCom risco de funcionar até setembro, UFSC estuda novos cortes economizar R$ 1,8 milhão ao mês – Marco Santiago/ND

Os cortes incluem o cancelamento de um dos maiores eventos de pesquisa no Estado, a Sepex (Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão), interrupção dos rees das cotas mensais de recursos aos centros de ensino, chamadas de duodécimos, e a suspensão de bolsas de estágio, extensão e monitoria. 

Além disso, a partir de setembro a UFSC pretende oferecer o serviço dos restaurantes universitários somente aos alunos isentos por questões socioeconômicas. Com isso, dos 15 mil estudantes que realizam as refeições diariamente nos estabelecimentos, somente 3,5 mil seriam recebidos no próximo mês. 

De acordo com a pró-reitora, ainda não há confirmação se as medidas irão ocorrer. Com as ações, no entanto, a gestão estima uma redução nas despesas que, somada às economias feitas nos últimos meses, fará com que a UFSC possa respirar melhor. Ao todo, a istração da universidade espera economizar R$ 3,5 milhões ao mês. 

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De acordo com o chefe de gabinete da reitoria, Áureo Mafra de Moraes, a medida pretende permitir que a instituição funcione pelo maior tempo possível e consiga concluir o semestre. Além disso, as ações buscam preservar especialmente a permanência estudantil, sobretudo de alunos mais carentes.

“Não se ite a hipótese de a UFSC parar. Isso seria irresponsável e temerário. Além de pôr em risco a figura dos gestores, que podem ser processados por improbidade”, disse. 

Desde junho, segundo o Apufsc (Sindicato das Universidades Federais de Santa Catarina), dos 106 funcionários terceirizados que trabalhavam no RU, 14 já foram demitidos após renegociação do contrato com a empresa responsável pela contratação dos cozinheiros.

Outros 95 profissionais terceirizados que atuavam nos serviços de limpeza e segurança nas unidades da universidade também foram desligados como medida de contenção de gastos. 

Atualmente, os gastos mensais com a manutenção da universidade chegam a R$ 13 milhões ao mês para atender 41,2 mil estudantes em Blumenau, Florianópolis, Araranguá, Curitibanos e ville. Com as medidas impostas pelo Mec (Ministério da Educação) neste ano, a UFSC deixará de receber R$ 46 milhões ao ano. Esses valores eram destinados às despesas como água e luz, e outros investimentos.

IFSC perdeu 29% do orçamento para o ano 226s2e

Com 8.8 mil alunos a mais do que a UFSC e 22 Campi espalhados pelo Estado, o IFSC (Instituto Federal de Educação) também faz malabarismos para fechar as contas.

O anúncio do contingenciamento de verba federal para a educação em todo o país, em maio, fez com que a istração da instituição, que conta com 50 mil alunos desde o ensino médio até o doutorado, perdesse 23,5 milhões no orçamento anual. O valor representa 29% dos R$ 78 milhões estimados para 2019. 

Com a falta de dinheiro, o esforço está focado na manutenção de bolsas estudantis e insumos para garantir o funcionamento das aulas. Atualmente, 5 mil alunos recebem a assistência. 

De acordo com a responsável pela Proad (pró-reitoria de istração), Aline Heinz Belo, a situação é incerteza. Além do corte, a istração aguarda a  verba para o próximo mês com apreensão. Se o dinheiro não chegar na próxima semana, a partir de outubro o instituto deverá começar a suspender os contratos de serviços.

“Está muito difícil istrar. Não tem mais onde cortar e começamos a pensar em decisões de cortes drásticos. Esperamos agora receber R$ 4,8 milhões na próxima semana, mas se não acontecer, os contratos vão ser reduzidos”, declarou Aline.

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