É consenso que a carreira de Marília Mendonça, de 26 anos, foi meteórica. A cantora, que morreu nesta sexta-feira (5), vítima de um acidente aéreo, inovou na música sertaneja e ficou conhecida no país como a “rainha da sofrência”.

Mas, até chegar a esse posto, a cantora e compositora, nascida na cidade de Cristianópolis (GO) e criada em Goiânia, enfrentou uma jornada.
Marília Mendonça teve seu primeiro contato com a música na igreja e começou a compor aos 12 anos, ando a escrever canções para vários cantores.
Tornou-se procurada e escreveu músicas para os principais destaques do sertanejo, como Minha Herança (João Neto & Frederico); Muito Gelo, Pouco Whisky (Wesley Safadão); Até Você Voltar, Cuida Bem Dela, Flor e o Beija-Flor (Henrique & Juliano); Ser Humano ou um Anjo (Matheus & Kauan); Calma (Jorge & Mateus) e É Com Ela Que Eu Estou (Cristiano Araújo).
Outros artistas também gravaram suas canções, como Luccas Luco, Maiara e Maraísa, Matheus e Kauan, César Menotti e Fabiano.

Mas foi só em 2015, aos 20 anos, que Marília decidiu seguir a carreira de cantora. Ela começou participando das músicas A Flor e o Beija-Flor e Ime, ambas da dupla sertaneja Henrique e Juliano. No ano seguinte, lançou seu primeiro álbum: Marília Mendonça: Ao Vivo. Não demorou muito para que algumas músicas figurassem entre as mais tocadas do país, como Sentimento Louco e Infiel.
Naquele ano, a música Infiel se tornou a quinta canção mais executada nas rádios brasileiras. Com o reconhecimento nacional, Marília lançou um novo álbum acústico, intitulado Agora É Que São Elas, com faixas antigas e o single inédito Eu Sei de Cor.
O sucesso foi meteórico, principalmente por cantar músicas que falam de amor, traição e dor de cotovelo. Não demorou muito para a cantora ser coroada a “Rainha da Sofrência”, referência direta ao tom dramático de suas músicas. A artista logo se tornou uma das mais requisitadas para shows e festas em todo o Brasil.
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De acordo com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), a música Até Você Voltar, em parceria com Juliano Tchula, foi a canção de autoria de Marília mais tocada nos últimos 10 anos nos principais segmentos de execução pública de música.
No banco de dados do órgão, há, ao todo, 324 músicas e 391 gravações suas e de parceiros cadastradas.
“Com sua percepção aguçada e letras que mostravam o sentimento de muitos brasileiros, Marília foi uma artista essencial para o sertanejo e fará muita falta na música brasileira”, destacou o Ecad.
Com a abertura para shows após mais de um ano da pandemia de Covid-19, a artista retomou a turnê em março e estava com a agenda cheia até o final do ano.
Em maio de 2019, a cantora confirmou que estava se relacionando há cinco meses com o também cantor sertanejo Murilo Huff. Meses depois, ela anunciou que estava grávida do primeiro filho com o cantor. Léo nasceu no dia 16 de dezembro de 2019.
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Cerca de 100 mil pessoas são esperadas para a despedida da “rainha da sofrência”, que acontece no ginásio Goiânia Arena, em Goiás, neste sábado (6).
Os corpos da cantora e do tio da artista, Abicieli Silveira Dias Filho, serão velados juntos. A despedida será aberta ao público entre 13h e 16h.
Segundo a assessoria de Marília Mendonça, o sepultamento dos corpos acontecerá no Cemitério Parque Memorial e contará com a presença apenas de familiares.
*Com informações de Agência Brasil