Nesta sexta-feira (28), MC Katia, cantora considerada pioneira do funk, ou por uma cirurgia para amputar parte de um dos pés devido a uma trombose causada por um tumor benigno no útero. Felizmente, a operação foi bem-sucedida, e ela está em processo de recuperação, conforme comunicado pelo marido nas redes sociais.

No Centro do Rio de Janeiro, MC Katia está hospitalizada no Hospital Municipal Souza Aguiar, onde ou por uma cirurgia para remover o mioma benigno do útero. A cantora de funk descobriu esse tumor há cerca de um ano, mas só conseguiu realizar a cirurgia agora, o que acabou resultando em complicações para a saúde, afetando seus rins e levando à trombose em uma das pernas, resultando na necrose de parte de um de seus pés.
“A Katia já operou o pé. A cirurgia foi um sucesso. Perdeu a metade do pezinho que estava doente. Segue em recuperação no CTI”, diz a mensagem postada nos stories do Instagram da artista de funk.
Ver essa foto no Instagram
No último sábado (29), o marido da cantora de funk também compartilhou um vídeo da visita da família a Katia no hospital. Nas gravações, ela aparece fazendo as sobrancelhas, e o parceiro debocha: “Está abusada”.
Família pede ajuda x1c7

A família da MC Katia está buscando apoio financeiro para lidar com os custos decorrentes da amputação. Em uma publicação no Instagram da cantora, o marido compartilhou o número de Pix (012.027.287-31) e fez um apelo, solicitando a colaboração de quem puder contribuir.
Quem é a pioneira do funk que teve parte do pé amputado 5b4u6g
Nos anos 2000, MC Katia foi uma das pioneiras do movimento funk. Ela enfrentou um período afastada da música após um acidente e uma batalha contra a depressão.
No entanto, recentemente, ela retomou sua carreira e teve participação no clipe de “Rainha da Favela”, de Lumdilla, ao lado de outras renomadas cantoras do funk como Tati Quebra Barraco e MC Carol.
Trombose afeta mais as mulheres 242y4k
A trombose é resultado da formação de um coágulo sanguíneo em veias grandes das pernas e coxas, o que leva ao bloqueio do fluxo sanguíneo e provoca inchaço e dor nessa área, conforme o Ministério da Saúde.
No entanto, a situação mais preocupante ocorre quando esse coágulo se desloca pela corrente sanguínea, em um processo chamado embolia. A embolia pode ficar alojada no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra região do corpo, causando lesões graves.
A trombose ocorre frequentemente após cirurgias, traumas ou longos períodos de imobilidade, sendo mais comum em procedimentos ortopédicos, oncológicos e ginecológicos.
Embora afete principalmente as mulheres, os homens também podem desenvolver trombose. Entre os indivíduos de 20 a 40 anos, a incidência de trombose é ligeiramente maior em mulheres devido à maior exposição a fatores de risco, como o uso de anticoncepcionais e gravidez.
Há dois tipos de trombose: aguda e crônica. Na maioria dos casos, a trombose aguda se resolve naturalmente, uma vez que o corpo utiliza seus próprios mecanismos para dissolver os coágulos que obstruem as veias, evitando assim a ocorrência de complicações graves ou sequelas.
No entanto, a trombose crônica ocorre quando o processo natural de dissolução do coágulo deixa sequelas dentro das veias, afetando a estrutura das válvulas. Essas alterações nas válvulas dificultam o retorno do sangue e podem levar ao surgimento de sintomas como inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele, além de feridas e outras complicações.
Existe prevenção? 3y3gf
Segundo o o cirurgião vascular do Núcleo de Hemodinâmica do Hospital Baía Sul, Dr. Cristiano Torres Bortoluzzi, a trombose venosa profunda pós-cirúrgica e nos pacientes em regime de internação hospitalar pode ser prevenida com a implementação de um programa de deambulação precoce, uso de sistemas de compressão como a meia elástica e, em casos de maior risco, com o uso de medicamentos.
“No entanto, o melhor método de prevenção é a informação e a conscientização de todos os envolvidos de que a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar são doenças de alto risco, mas que podem ser evitadas por atitudes simples e tratamento preventivo precoce, como deambular precocemente, uso de meia elástica e hidratar-se”, conclui o médico.
Conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte possível de prevenir em todo mundo. Entre elas, têm destaque o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Tromboembolismo (TEV).