Hello, Leitores!!! Em um bate papo muito legal e descontraído, entrevistei pessoalmente Bea Dummer, que já participou do reality NDTV Record TV, Canta +, e onde eu até já havia contado nessa matéria um pouco sobre ela. Mas dessa vez fomos mais a fundo sobre quem é Bea, quais suas ambições e tudo sobre a turnê que ela teve participação com a cantora renomada Dionne Warwick.

Ansiosos para conferir a entrevista? Vamos lá!
Para começarmos, quem é a Bea? Conta pra gente sua trajetória e curiosidades.
“Eu sempre acho muito difícil colocar em palavras quem eu sou. A essência precisa ser sentida, mas acredito que através das minhas músicas as pessoas conseguem me conhecer profundamente. E talvez se reconhecerem nas músicas também.”
“No Roots” (sem raízes), música composta pela cantora, fala sobre o seu anseio de explorar o mundo. “Eu não tenho raízes, apenas a minha fé. E estou apenas tentando me encontrar”. Bea veio de uma uma cidade pequena e é a primeira artista/cantora da família. “Eu precisava encher o meu poço da criatividade, conhecer novos lugares, conhecer pessoas diferentes, estudar música. Eu sabia que se eu seguisse o que queriam para mim, eu não ia nunca descobrir quem eu sou. Então larguei a faculdade de Economia e Engenharia de produção para seguir o meu sonho.
Um belo dia ela chegou em casa e disse : “Pai, mãe, tranquei a faculdade e estou indo estudar música em Los Angeles. Mas não se preocupem, vou ganhar uma bolsa”. E isso de fato aconteceu. “E é muito doido isso, tudo o que a gente acredita acontece. Se o desejo vem lá do fundo do coração sabe? Verdadeiro!” Completou.
Bea, sempre foi muito sonhada e curiosa, sempre esteve e está em busca de novas experiências. Ela me contou que adora fazer coisas novas pela primeira vez, sem muito apego mesmo, ela se joga e vai experimentando.
“Sou muitas coisas. Mas adoro viajar, adoro criar, adoro conversar com pessoas e uma boa aventura. A natureza me revigora. O urbano também me inspira. Adoro cidades cosmopolitas. Gente de diferentes tipos, culturas e jeitos. Sou muito alegre. Adoro rir de qualquer coisa. E fico feliz com as pequenas sincronicidades. Adoro a beleza no simples.”
Outra música composta por ela, Orange glow (brilho laranja) retrata muito suas “diferentes personalidades”. Assistindo o clipe, você verá três figurinos. A Bea de roxo retrata a Bea mística, a mais introvertida, misteriosa. Apesar de ser muito extrovertida, ela tem os seus próprios rituais e momentos de conexão. A Bea em amarelo retrata a moleca, a alegre, a risonha. E a Bea de laranja retrata a mulher confiante que alcança todos os seus sonhos através de sua determinação.
“A melhor decisão que fiz foi com certeza abraçar este chamado artístico e ir atrás dos meus sonhos. Desde que decidi com todo o meu corpo e alma, a música tem me proporcionado experiências incríveis. Desde mochila a Califórnia de carona, conhecer Memphis a cidade em que nasceu o Blues&Soul, cantar no Azerbaijão, fazer turnê no Reino Unido com a Dionne Warwick uma das maiores cantoras americanas de todos os tempos, conhecer o País de Gales ( lugar que além do Azerbaijão tbm me surpreendeu muito, nunca pensei que um dia iria para lá).Amo poder transformar as ideias, sentimentos e o que descubro sobre mim em arte, e sempre claro, me divertindo no processo.”

Como a música entrou na minha vida?
“Desde pequena! Minha mãe cantava para mim e eu adorava cantar junto. Era o nosso momento sabe? E meu pai escutava músicas na varanda observando as estrelas antes de dormir, e eu adorava sentar ali junto e ficar só escutando. A música sempre me conectou com as pessoas que mais amo .E desde pequena sempre que me perguntavam “ O que você quer ser quando crescer? “ Eu respondia: Cantora!”. Inclusive, minha brincadeira favorita era colocar CD da Hannah Montana e Rebeldes na garagem com minhas primas e fingir que estávamos fazendo shows para milhares de pessoas.”
Mas Bea só fui estudar de maneira formal mesmo com 21 anos, quando foi para Califórnia e fez o curso de Vocal Performance na California College of Music, em Los Angeles.
Quais são suas maiores referências musicais?
“Atualmente estou viciada no álbum Future Nostalgia da Dua Lipa, não consigo parar de ouvir e com certeza no momento ela é a minha maior referência. Tanto musical quanto no visual. Que mulher incrível!
Mas posso citar também a Adele em questões vocais, registros de voz e composições. Ed Sheeran na questão da sua história, determinação e composições. Sou apaixonada pelo trabalho dele! Amy Winehouse também, com certeza! E outros grandes nomes como Dionne Warwick, Whitney Houston e Joss Stone.”
Como foi acompanhar e participar da turnê de Dionne Warwick?
“Com certeza a melhor experiência da minha vida! Pude ver como é a vida na estrada de musicistas de alto nível que já alcançaram todo o sucesso do mundo. Aprendi muito como empresária e road manager. No momento eu que cuido de todos os pilares da minha carreira, e consigo enxergar uma Beatrice antes e depois da turnê. Tive muitos insights sobre o business e o que precisa ser feito.
E fiquei muito feliz porque eu fui a primeira pessoa de fora da equipe (a banda toca junto há mais de 20 anos) que participou da turnê, e eles disseram que adoraram a minha companhia, que se divertiram muito comigo e que as portas estão sempre abertas porque agora faço parte da família.- “Nessa hora eu logo comentei para Bea, que prestígio, assim tão jovem receber esse elogio ainda mais vindo de alguém que é uma das suas referências musicais.
A rotina era bastante intensa. Costumava acordar muito cedo, ir malhar, depois descia para os cafés da manhã maravilhosos de hotel, e pegávamos estrada para o próximo destino. O ônibus era muito legal! Cada um tinha o seu próprio lugar delimitado, mas íamos contando histórias (imagina: essa galera já tocou com Michael Jackson, Stevie Nicks, Ray Charles!! Então ficava ouvindo as histórias exclusivas) Parecia que eu tava num documentário do Netflix sabe? (risos)E também tocávamos e cantávamos na estrada. Cada um tem uma versão mini dos seus instrumentos para levar na estrada e poder “brincar” no ônibus. Chegávamos no destino, ávamos o som e quando a galera ia no hotel descansar eu aproveitava para conhecer a cidade em que estávamos. Depois todo mundo se arrumava para os shows e íamos juntos. E depois do espetáculo sempre nos encontrávamos em algum bar para comemorar. Nunca bebi tanta cerveja na vida. Inclusive tive a oportunidade de beber no pub mais antigo da Inglaterra em Nottingham na cidade do Robyn Wood. O pub fica embaixo do castelo! E os cruzados avam ali antes de partirem para as cruzadas.”
Bea me afirmou que com certeza seu repertório de histórias e músicas cresceu muito depois da tour.
Bea, uma curiosidade que acho que também deve estar na cabeça de todos os leitores aqui do Blog, como surgiu o convite desta cantora tão renomada para acompanhar a turnê?
“Eu fazia faculdade de música nos EUA, e um dia no mercado comprando um sanduíche conheci o Engenheiro de Som da Dionne, um dia antes de eles entrarem em turnê no Brasil. Ele me ouviu falando português e assim surgiu uma conversa. Falei que era cantora, peguei o contato e marcamos um café. No café, ele me disse que era bom em ler auras. Adoro esses assuntos mais “energéticos” e “místicos”, perguntei para ele qual a cor da minha.
“Laranja, quando você olhar para as montanhas no por do sol verá o brilho laranja, a cor da sua alma”. “Para , para tudo.” – falei para ele – “Deixa eu pegar o meu caderno e anotar, preciso fazer uma música disso!” E assim surgiu Orange Glow. Ele gostou tanto da música que mostrou para a equipe inteira que comecei a acompanhar eles durante a residência em Las Vegas no Caesar Palace. Durante a semana estudava, e finais de semana acompanhava a produção dos shows.
Essa turnê de agora estava marcada pré pandemia. A ideia era eu me formar e acompanhar eles na Europa… Então assim que os eventos retornaram e os shows voltaram, o Anthony (engenheiro de som) me convidou para participar da turnê. E eu fui!”
O que significa compor uma música para você?
“É a minha terapia. Sempre que sinto algo diferente, escrevo e componho para me entender. E também a inspiração surge conforme vou vivendo… Adoro contar histórias através das músicas, sinto que com uma caneta e um papel tenho o mundo nas mãos.”
Tem preferência por músicas brasileiras ou em estrangeiras?
“Acho a música brasileira muito linda e cheia de poesia. Mas os efeitos vocais que gosto de usar ressaltam a minha voz e características no inglês, e acho mais fácil compor em inglês. Canto também em alemão, gosto muito do trap feminino alemão.”- Nessa hora comentei, que multifaceta ein, afinal alemão é uma das línguas mais difíceis de se aprender.
“No momento estou aprendendo espanhol e ̂s através do canto. Inglês aprendi assim! Acho uma ótima ferramenta e super divertida para aprender outras línguas.”
Qual seu estilo musical predileto?
“Pop e soul com um groove. Gosto muito de neo soul também, que é o soul com elementos mais modernos e atuais.”
Conta para o Mundo Maria: você almeja a fama? Qual o seu objetivo através da música?
“Eu busco o sucesso e reconhecimento do meu trabalho, não a fama. Levo esperança, amor e inspiração para as pessoas. Eu sou um canal para a música, através dela consigo fazer os outros reconhecerem e arem as suas próprias emoções. O poder da música é curativo, transformador. Acho também incrível que mesmo não estando presente fisicamente, a minha música viaja e faz parte da trilha sonora e momentos especiais de tantas pessoas.
Além disso tenho um projeto chamado Canto Intuitivo, onde ensino as pessoas a cantarem. A música não é só para profissionais, é uma ferramenta de empoderamento para todos os palcos da vida. E cantar também deixa a nossa vida muito mais feliz!”
Agora aquelas perguntinhas que não podem faltar aqui no Mundo Maria. Qual o seu hobby e comida predileta?
“Amo viajar! E comida é bem difícil (risos), amo muitas coisas. Mas diria comida italiana, sushi, mexicana, diversas, viu só? E bolos! Amo bolos.”
Qual a música mais escutada no Spotify atualmente Bea?
“Ho’oponopono que traz a filosofia hawaiiana e tem essa vibe mais meditação.”
Se tivesse que escolher um álbum para escutar para sempre, qual seria?
“Future Nostalgia da Dua Lipa!”
Bea, conta pra gente, qual a sua parceria dos sonhos para fazer uma música?
“Dua Lipa, Adele ou Ed Sheeran. Meus top 3!”
Você toca algum instrumento musical?
“Violão e guitarra, e estou aprendendo piano.”

E para finalizar, qual a mensagem que você gostaria de deixar para os leitores do Mundo Maria?
“A vida é tão linda, se entregue às sincronicidade e ao seu coração. Tem tantos lugares, tantas pessoas, tanta versões de nós mesmos para conhecermos. Não se limite!”
Para finalizar a entrevista, fiquem com o clipe de Bea, que encantou a cantora Dionne Warwick, Orange Glow: