Que me perdoe a Defpot, baita banda paulista, mas o que me comove na agenda do Urtiga Fest 10, nesta quarta-feira (27), no Bugio, em Floripa, é a volta da flamejante Budang aos palcos da sua cidade.
Trata-se do primeiro show do quarteto que virou uma das grandes sensações do hardcore nacional. Outra banda da “área 48”, a Scremetal, completa o barulho que começará às 20h – entrada por apenas R$ 20,00.

Sim, estamos às portas do mês de abril e só agora podemos contar com o primeiro show da Budang em sua casa. Essa tem sido a rotina da banda de Floripa nos últimos dois anos. É um fenômeno!
Desde 2022, após o lançamento do seu terceiro EP, o “Astrologia, Destino & Salmos” (sucessor dos não menos furiosos “不当”, de 2019, e “Vendo Clio 2009, Prata 4 Portas”), eles vêm empreendendo uma “tour de force” pelo país. Ouça tudo no Spotfy.
A banda ou a limpo o circuito de shows em festivais de hardcore, biroscas e turnês pelos estados do Sul e Sudeste. Em 2023 a escala só aumentou. Foram quatro turnês, contabilizando 43 shows, incluindo a primeira pernada dos “manés core” pelas regiões Nordeste e Norte, com 10 shows em apenas 14 dias.
E ainda teve tempo para lançar um single, uma versão-homenagem de “Virgínia”, composição da veterana banda são-josefense Euthanásia (hoje Eutha).
Budang responde porque eu sou assim! 3b2x70
Tamanha fome de estrada e palcos teve seu preço. Em dezembro ado, a banda anunciou uma breve parada para que o baterista Felipe Royg, o “Minhoca”, se submetesse a uma cirurgia no joelho. Mas em janeiro, o grupo já estava novamente tocando o terror enquanto prepara um novo trabalho de estúdio previsto ainda para este ano.
Além de “Minhoca”, Guilherme Larsen Güths (voz), Vinícius Lunardi (guitarra) e Pedro Sabino (baixo) formam essa frente insana que se chama Budang.
Sinceramente, fazia muito tempo que eu não via um show tão explosivo, pura energia punk e um repertório de banda grandiosa. Eu os vi – na verdade eu fui “atropelado” – pela primeira vez em agosto do ano ado, durante uma edição da Feira do Cascaes. Budang foi escalada com Dirty Grills para dividir o Coreto da Praça XV numa tarde de domingo.
Foi um pandemônio sonoro. De repente, a coisa toda explodiu, Güths, com tala na perna, parecia uma chaleira fervente, até que entregou o microfone para um cosplay do Homem-Aranha. Enquanto o público saudava a banda nas “rodas de pogo”, do nada, surge um moleque do alto de um dos pilares do Coreto e se lança com o skate.
Eu, no limiar dos meus 50 anos, pude ver isso ao lado da minha filha Maria, e proporcionar para ela o entendimento do porquê seu pai é assim. É disso que se trata!
Se vocês acham que estou exagerando, olha o registro aqui!
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