ONU alerta para riscos das mudanças climáticas: ‘ameaçam décadas de avanços para saúde’ 415l23

Advertência divulgada nesta quinta-feira (2) pela ONU destaca que informações sobre o impacto das mudanças climáticas precisam integrar planejamento dos serviços de saúde.

As mudanças climáticas representam uma ameaça para a saúde por causa do aumento dos desastres meteorológicos e do calor extremo, advertiu a ONU nesta quinta-feira (2), razão pela qual pediu serviços de alerta mais eficientes para atenuar os efeitos mais nocivos.

Mudanças climáticas representam riscos para avanços na saúde, ressalta ONUUma menina derrama uma garrafa de água no rosto e na cabeça enquanto se refresca em frente a uma igreja no centro de Messina, na ilha da Sicília, durante uma onda de calor em 16 de julho de 2023. – Foto: A Giovanni Isolino/AFP/ND

Segundo a OMM (Organização Meteorológica Mundial) a informação sobre o clima não está suficientemente integrada no planejamento dos serviços de saúde.

“As mudanças climáticas ameaçam anular décadas de avanços para uma saúde e um bem-estar melhores, principalmente nas comunidades mais vulneráveis”, advertiu a OMM.

O relatório anual da OMM sobre os serviços climáticos indica que é necessária informação adaptada sobre esta área para ajudar o setor da saúde diante de condições meteorológicas cada vez mais extremas, da má qualidade do ar, de doenças infecciosas e da insegurança alimentar e hídrica.

A OMM aponta que de todas as condições climáticas extremas, as fortes ondas de calor são a causa de maior mortalidade, mas que só metade dos tomadores de decisão nos países afetados tem o a serviços de alerta.

Cidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina., durante onda de calor registrada no início de 2022 – Foto: Arquivo/Jair Correia/NDTV/NDCidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina., durante onda de calor registrada no início de 2022 – Foto: Arquivo/Jair Correia/NDTV/ND

Mudanças climáticas e mortes por calor extremo x2l3r

Entre 2000 e 2019, estima-se que cerca de 489.000 pessoas tenham morrido a cada ano devido ao calor, segundo a OMM.

Menos de um quarto dos ministérios da Saúde dispõe de um sistema de vigilância sanitária baseado na informação meteorológica para monitorar os riscos para a saúde relacionados com o clima.

Segundo o informe da OMM, os países com alertas limitados têm uma mortalidade por desastres oito vezes maior do que aqueles com alertas completos.

O número de desastres de média ou grande escala “deverá alcançar 560 por ano, ou seja, 1,5 por dia, até 2030”, ressaltou a agência.

“A crise climática é uma crise de saúde, que implica fenômenos meteorológicos mais graves e imprevisíveis, alimenta epidemias e contribui para o aumento das taxas de doenças não transmissíveis”, disse o diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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