A situação do Rio do Brás, em Florianópolis, preocupa moradores e autoridades. A poluição do corpo d’água virou caso de Justiça. Desde 2014, o MPF (Ministério Público Federal) tem uma ação civil pública contra a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), buscando a adequação do sistema de tratamento do esgoto da região.

Na decisão mais recente do processo, a Justiça Federal deu até meados de outubro para a companhia formalizar uma proposta final de acordo e comprove que implementou medidas solicitadas no local. A reportagem da NDTV procurou a Casan, que se manifestou em nota.
A companhia disse que “coopera com a URA (Unidade de Recuperação Ambiental). O que tem causado poluição no Rio do Brás são as ligações irregulares, conforme comprovou complexa perícia técnica que, também, atestou a regularidade das operações da Casan em Canasvieiras”.
A nota não responde o questionamento da Justiça. Enquanto isso, o rio vai ficando mais poluído. O cheiro vai ficando cada vez pior, a proliferação de mosquitos só aumenta e os moradores precisam conviver com um ambiente muito diferente daquele de anos atrás.
Segundo o biólogo Paulo Horta, “o Rio do Brás, infelizmente, como muitos rios da nossa cidade, tem enfrentado um problema crônico de falta de saneamento adequado. Ou seja, a ausência do saneamento acaba acarretando na poluição. Poluição com aquilo que funciona como um fertilizante, fazendo com que algas e macrófitas se proliferem, ocupando toda a coluna d’água e, com isso, impedindo que o oxigênio chegue no fundo do rio”.
O tapete verde de macrófitas começou a se formar depois que o rio que desaguava no mar foi fechado definitivamente. Desde então, elas crescem sem controle e hoje é quase impossível ver a água ao longo do rio. As plantas aquáticas que tomaram conta de toda extensão do Brás são extremamente prejudiciais para a vida desse rio que está cada vez com menos oxigênio. O rio está sufocando, morrendo lentamente.
A reportagem do ND+ investigou a situação de sete lagoas da Ilha de Santa Catarina. Os problemas am por grave poluição, proliferação de espécie invasora e assoreamento. O raio-x escancara a pressão urbana desorganizada em meio ao vazio de leis, monitoramento e fiscalização para proteger os sistemas. Confira a reportagem completa aqui.
Confira mais informações na reportagem do Balanço Geral Florianópolis!