Na próxima segunda-feira (27) é o Dia da Mata Atlântica e uma pesquisa publicada pelo Atlas da Mata Atlântica revela significativa redução nos índices de desmatamento no Brasil. Em Santa Catarina, a queda foi de 86%, percentual mais expressivo do que a média nacional, de 27%.

De acordo com a pesquisa, entre 2022 e 2023, Santa Catarina foi o Estado que mais reduziu o desmatamento, seguido por Paraná (78%) e Minas Gerais (57%).

Tecnologia é aliada na fiscalização 1s4p3l
Segundo a presidente do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina, Sheila Meirelles, os resultados estão ligados à intensa fiscalização e aos investimentos em tecnologias. Um deles é o Simad (Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento), que auxilia na fiscalização.
“O sistema tem contribuído através dos seus alertas para que o serviço de fiscalização possa atuar contra os crimes de desmatamento ilegal no Estado”, explica.
Sistema monitora a cobertura vegetal em SC 605l3m
O sistema utiliza imagens de satélite para comparar locais da Mata Atlântica em diferentes períodos. Ele mostra o histórico da vegetação do local e aponta se supressões vegetais possuem autorizações ou são clandestinas.
As imagens orbitais de alta resolução ajudam a monitorar a cobertura vegetal em Santa Catarina periodicamente.

O sistema avalia mosaicos com até 4,7 centímetros de resolução, fornecidos por um programa em parceria com o governo da Noruega. Os alertas são gerados por um software, sem custos para o Estado.
A análise inclui autorizações de supressão de vegetação, informações do IMA, Ibama e outras entidades, histórico de uso do solo e dados do Cadastro Ambiental Rural.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Economia Verde, Ricardo Guidi, o Estado possui 38% de floresta nativa do Bioma Mata Atlântica e os investimentos em ferramentas tecnológicas são essenciais para a proteção deste valioso ativo ambiental.
“São informações que baseiam as tomadas de decisões e formulação de políticas públicas de conservação e uso sustentável das florestas. Só preservamos aquilo que conhecemos, então, a geração de informações é fato primordial na conservação do Bioma Mata Atlântica em SC”, afirma o secretário.