Dados divulgados pelo Boletim Hidrometeorológico Integrado, apontam que todas as regiões de Santa Catarina registraram chuvas abaixo da média histórica, na primeira quinzena de fevereiro.

De maneira geral, os volumes de chuva variaram de 20 a 60 mm, dos Planaltos ao Litoral, enquanto na porção Oeste a variação foi de 40 a 80 mm. Especificamente, no Extremo Oeste e Litoral Sul os acumulados de precipitação foram superiores a 80 mm. Esses volumes são inferiores à média climatológica.
O boletim informa que as maiores diferenças entre a média esperada e o volume registrado, ocorreram em alguns pontos da faixa litorânea: entre o Litoral Sul e Planalto Sul e entre o Litoral Norte e o Planalto Norte. A diferença entre a média climatológica e o volume registrado no período ficou em torno de 220 a 260 mm nessas áreas.
Na faixa leste do estado (Litoral Norte, Baixo e Médio Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e parte do Litoral Sul) as anomalias negativas ficaram entre 140 a 180 mm. Já na porção do Oeste aos Planaltos, as anomalias negativas ficaram entre 20 a 100 mm.
Estiagem 4tf35
Entre os dados divulgados pelo Boletim Hidrometeorológico também está a classificação da estiagem que atinge o estado de acordo com o Índice Integrado de Seca (IIS), que leva em consideração tanto as condições dos rios, a água disponível no solo e o efeito da falta de chuva na vegetação.
De acordo com as informações relativas a 14 de fevereiro, dos 295 municípios do Estado, apenas um se encontrava em condição normal, treze estavam na área de seca fraca, noventa em seca moderada, cento e cinquenta e oito em seca severa e trinta e três em seca extrema.
Destes últimos, trinta e dois estão na região Oeste que, apesar de ter registrado chuva na primeira quinzena de fevereiro, ainda segue com registro de efeitos negativos da falta de chuva acumulada ao longo dos últimos meses.
Efeitos 3n3f1a
Com a falta de chuvas, a força tarefa para amenizar os efeitos da estiagem continua em toda Região Oeste, e não há boas perspectivas. “Para normalizar a situação somente com chuva, essa é a única solução. Por isso a Casan segue com ações para aliviar a situação”, afirmou o superintendente regional da Casan, Daniel Scharf.
Em Chapecó, seguem os trabalhos de dragagem e desassoreamento, que consistem em executar funções de escavação e de limpeza da água do Lajeado São José. Nesta terça-feira (22), oito escavadeiras hidráulicas, vinte e duas caçambas e dois tratores de esteiras continuam em atividade, e a previsão é finalizar o dia com vinte caminhões na ativa. Ao todo, vinte e seis bairros estão com manobras operacionais, segundo a Casan.
Além de Chapecó, municípios como, Nova Erechim, União do Oeste, Xaxim, Guaraciaba, Cunha Porã, Caxambu do Sul, São Miguel do Oeste e Anchieta também estão com manobras operacionais.
Em Xaxim, a empresa está captando água de açudes e distribuindo com caminhões-pipa. Em Guaraciaba, foram instalados dois novos poços, já em Caxambu do Sul foi perfurado um poço, de acordo com Scharf.

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Depois de manter durante todo o final de semana caminhões-carreta buscando água do Rio Uruguai, a Casan interrompeu nesta segunda-feira (21), a força-tarefa em Concórdia.
Contratados por uma empresa de São Paulo, pois houve dificuldade em conseguir o serviço devido à estiagem, os caminhões fizeram o transporte de 130 cargas, o que corresponde a 3,9 milhões litros de água até um córrego que desagua no rio Suruvi, um dos mananciais da cidade.
Nesta terça-feira, 22, o sistema de abastecimento apresentou melhoria significativa, com fornecimento de água a praticamente todas as localidades da cidade. O revezamento entre os bairros também foi suspenso, mas ainda há necessidade de caminhão-pipa de água para abastecimento direto em caixas d´água de algumas residências.
Apesar de escassa, a chuva desse início de semana também trouxe algum alívio e elevou um pouco o nível do Rio Suruvi. Porém, como a previsão é de continuidade de pouca chuva nos próximos meses, toda a equipe se mantém em alerta e a Companhia orienta o uso econômico da água.

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Conforme a Epagri Ciram, a previsão para o período de 18 a 25 de fevereiro é de registro de chuva associada, principalmente, ao calor e à umidade disponível. Por isso, tende a ficar mais concentrada do Centro ao Leste do Estado. Para o Oeste, Meio-Oeste e Extremo Oeste a chuva ocorre de maneira mais isolada e com menores volumes.
Já para o período entre os dias 26 de fevereiro e 5 de março, há indicativo de mudança no padrão de chuva no estado, que a a correr de forma mais ampla, o que deve se refletir em volumes mais significativos para todas as regiões catarinenses.