Não há sensação melhor do que a de abrir um livro novinho em folha. Analisar cada detalhe da capa, sentir o cheiro das páginas, ar a mão pela lombada… prazeres que só edições físicas podem proporcionar. Na hora da leitura, no entanto, nem sempre a obra impressa é a melhor opção.
Um recurso que não é recente, porém muitos leitores ainda não utilizam, é o Kindle, um leitor digital. A tecnologia foi lançada pela Amazon em 2007 e já está na décima geração, com a proposta de armazenar uma grande quantidade de livros em um único dispositivo, os chamados e-books.

O Kindle mudou a maneira de consumir literatura, porém na comunidade literária ainda há defensores ferrenhos do livro físico. Eu não acredito que o leitor digital vai substituir o impresso, mas sim que cada leitor deve escolher a alternativa que seja mais confortável e viável economicamente para cultivar o hábito de leitura.
Claro que o livro físico oferece uma experiência que nenhum dispositivo eletrônico consegue substituir: manusear o papel, colecionar edições bonitas e exclusivas e até emprestar aos amigos. Porém convenhamos que não é fácil carregar um livro pesado para qualquer lugar, né?
Além do peso, principalmente de volumes maiores, os livros físicos geralmente são mais caros que os e-books, por conta dos custos de produção, impressão e distribuição. Precisamos lembrar ainda que nem todo mundo tem espaço e dinheiro para montar uma grande estante em casa.
Essas questões são facilmente resolvidas com o leitor digital. Um pequeno dispositivo, que não pesa quase nada, pode guardar uma biblioteca inteira e essa não é a única vantagem.
Pontos positivos do Kindle 6e1c4g
Começo falando de algo que interessa a todo mundo: preço! Os livros no Brasil são caros, mas os e-books costumam ter valores mais em conta (lembrando que isso não é regra!). “Torto arado”, de Itamar Vieira Junior, por exemplo, custa R$ 46,90 na edição física e R$ 34,11 no Kindle (preços da Amazon de 27/04).
Alguns e-books são até mesmo gratuitos, principalmente clássicos ou títulos que estão em domínio público. A Amazon ainda tem um sistema de , chamado Kindle Unlimited, que disponibiliza milhares de obras por R$ 19,90 ao mês.
Outra vantagem é a rapidez na hora de comprar livros. Para adquirir versões físicas, você deve ir até uma livraria ou encomendar online, que demora um pouco para chegar. Com o Kindle, o livro está na palma da mão quando você quiser. É necessário o à Internet para concluir a compra, mas depois disso o e-book fica disponível offline.
A tela do leitor digital não é a mesma do celular ou de um tablet. O aparelho foi feito exclusivamente para a leitura e não incomoda a visão. É possível ajustar o brilho, a luz e o tamanho da fonte para deixar o Kindle confortável para cada leitor. Como o dispositivo é leve, também podemos levar facilmente para qualquer lugar. Ah, ainda dá para ler no escuro!
Apesar de não poder folhear páginas como na edição física, o Kindle tem outras alternativas de interatividade. O aparelho cronometra o seu tempo de leitura, calcula a porcentagem já lida, permite grifar frases e fazer anotações, dividir os títulos por pastas… enfim, uma gama enorme de possibilidades.
Lembrando que para começar a ler e-books é necessário um investimento inicial relativamente alto. O modelo inicial de Kindle sai por cerca de R$ 450,00 (mas já vi por R$ 300,00 em promoções), entretanto vale a pena. O aparelho dura bastante tempo, conheço pessoas que o compraram há cinco anos e o dispositivo continua funcionando perfeitamente.
Minha experiência 1x2g2f
Confesso que demorei para aderir ao Kindle, porque meu amor por edições impressas sempre falou mais alto. Foi durante a pandemia, na metade de 2020, que comprei meu primeiro leitor digital, já que tinha bastante tempo livre para ler durante a quarentena, porém pouco dinheiro para investir em um grande número de obras físicas.
No primeiro dia de uso já senti que o investimento no aparelho valeu a pena. Parece que a leitura flui bem mais rápido no Kindle em relação ao livro físico. Terminei um livro de quase 300 páginas em pouco mais de três horas. Achei que a tela cansaria os olhos, mas nem perto disso. Consegui até ler no escuro sem dificuldades.
Sempre compro meus e-books em promoções da Amazon e já encontrei lançamentos por menos de R$ 10,00. Basta pesquisar e acompanhar o andamento dos preços. Tenho a versão mais simples do Kindle e considero suficiente, entretanto existem opções um pouco mais caras e com funções adicionais.
Apesar de amar o Kindle, não abandonei os livros físicos e faço questão de comprar edições especiais, porque sou colecionadora. Atualmente organizo minhas leituras num esquema de revezamento, um impresso e um e-book, ou até os dois ao mesmo tempo. Gosto de comprar na versão digital títulos que têm edições simples, que não faço muita questão de ter na estante ou que sei que não vou querer ler novamente.