
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informaram ao STF, nesta quinta-feira (29), que desistiram de ouvir quatro testemunhas de defesa que haviam sido indicadas na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado.
Entre os nomes das testemunhas que Bolsonaro desistiu de levar ao STF estão dois ex-ministros do governo e pessoas próximas ao ex-presidente.
As testemunhas que Bolsonaro desistiu de levar ao STF são: 3d2wb
- Eduardo Pazuello (PL-RJ), deputado federal e ex-ministro da Saúde;
- Gilson Machado, ex-ministro do Turismo;
- Amauri Feres Saad, advogado que teria participado da redação de uma suposta minuta golpista, mas não foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República);
- Ricardo Peixoto Camarinha, cardiologista que cuidava da saúde de Bolsonaro.

A ação penal que tramita no STF envolve Bolsonaro e outras 30 pessoas, acusadas pela PGR de tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023 e manter Bolsonaro no poder, mesmo após o resultado das eleições.
Os depoimentos das testemunhas indicadas pela defesa de Bolsonaro começam a ser colhidos nesta sexta-feira (30). Um dos mais aguardados era do do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro.
Na data de hoje, Tarcísio defendeu o ex-presidente. “Jamais, nunca”, afirmou o governador paulista ao ser questionado se discutiram o assunto de golpe de Estado durante esses encontros.

O depoimento durou menos de dez minutos e foi por videoconferência. Nele, o ex-ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro respondeu perguntas do advogado de defesa do ex-presidente.
Sem as testemunhas que Bolsonaro desistiu de levar ao STF, seguem na lista nomes como:
- Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
- Wagner de Oliveira, coronel que integrou a comissão que acompanhou o processo eleitoral;
- Renato de Lima França, ex-subchefe para Assuntos Jurídicos do governo Bolsonaro;
- Jonathas Nery, ex-secretário-executivo da Casa Civil;
- Ciro Nogueira (PP-PI), senador e ex-ministro da Casa Civil.
Até o momento, investigadores consideram os depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Marinha os mais importantes no processo. O general Freire Gomes e o brigadeiro Baptista Júnior afirmaram que chegaram a discutir a chamada “minuta do golpe” com Bolsonaro e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.