Justiça acata denúncia contra Pablo Marçal por arriscar a vida de 32 seguidores em expedição 2t164c

Pablo Marçal é acusado de expor terceiros a risco iminente durante expedição ao Pico dos Marins, realizada em janeiro de 2022, na Serra da Mantiqueira 1n1w1e

Pablo Marçal virou réu após denúncias oferecida ao Ministério PúblicoPablo Marçal virou réu por colocar em risco a vida dos integrantes da expedição ao Pico dos Marins, em São Paulo – Foto: Reprodução/ND

A Justiça de São Paulo acolheu a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Pablo Marçal. Ele é acusado de expor terceiros a risco iminente durante uma expedição ao Pico dos Marins, realizada em janeiro de 2022, na Serra da Mantiqueira.

A decisão, proferida nesta terça-feira (20), é da juíza Rafaela D. Assumpção Cardoso Glioche, da Vara Única de Piquete.

O influenciador liderava um grupo com aproximadamente 60 pessoas que tentava escalar a montanha de 2.420 metros de altitude. Marçal decidiu seguir com a expedição, apesar das condições climáticas adversas e dos alertas emitidos pela Defesa Civil.

O grupo ficou reduzido em 32 pessoas após um dos guias contratados por Marçal alertar que era perigoso continuar a subida. Segundo o MP, houve negligência ao ignorar as recomendações técnicas. Relatos apontam, inclusive, ironias direcionadas ao condutor, que teria sido chamado de “covarde”.

Durante a travessia, os participantes enfrentaram chuva intensa, ventos fortes e neblina, resultando em desorientação e sintomas de hipotermia em parte do grupo. O Corpo de Bombeiros foi acionado ainda durante a madrugada para evitar consequências mais graves.

Temporal deixou grupo preso no alto do cume do Pico dos MarinsMarçal e os seus seguidores tiveram que ser resgatados após o coach insistir em continuar a trilha durante forte tempestade – Foto: Reprodução/ND

Pablo Marçal é acusado de desconsiderar alertas técnicos e incentivar grupo a seguir até o cume 5j21t

Mesmo diante dos riscos evidentes, Pablo Marçal teria insistido para que o grupo continuasse a caminhada, atitude que foi interpretada pelo Ministério Público como exposição direta e intencional à integridade física dos presentes. A denúncia foi formalizada com base no artigo 132 do Código Penal, que prevê até um ano de detenção para quem expõe alguém a perigo direto à vida ou saúde.

A Promotoria propôs, como alternativa penal, o pagamento de R$ 273.240 a uma instituição social. Apesar da proposta, a defesa recusou o acordo, alegando que ele implicaria o reconhecimento de responsabilidade pela organização da atividade, o que seria incompatível com a realidade dos fatos.

A juíza responsável pelo caso avaliou que a denúncia está devidamente embasada e atendeu aos critérios legais, permitindo o andamento da ação judicial. Com isso, Marçal deverá apresentar defesa no prazo de dez dias, podendo haver instrução e julgamento do caso.

Grupo de 60 pessoas acusam Marçal de negligênciaGrupo alega negligência de Marçal, além de ironias direcionadas a um dos condutores da expedição que alertou sobre o perigo – Foto: Reprodução/ND

Defesa de Pablo Marçal nega responsabilidade pela organização da expedição b501n

A assessoria jurídica do empresário, coach e ex-candidato ao governo de São Paulo enviou nota à imprensa afirmando que a denúncia é infundada. Segundo o advogado Tassio Renam, “não há qualquer materialidade ou prova que aponte Pablo Marçal como responsável pelo evento”.

Ele também destacou que a proposta de transação penal foi recusada justamente por implicar em uma issão de culpa. O defensor argumenta que os depoimentos colhidos indicam que se tratava de uma atividade informal, realizada entre amigos, e sem caráter de organização formal.

Ainda segundo Renam, o relatório final do delegado Francisco Sannini concluiu pela ausência de dolo e recomendou o não indiciamento de qualquer participante, recomendação que teria sido ignorada pelo Ministério Público.

O advogado também criticou o pedido da Promotoria para excluir o relatório da investigação dos autos, mas reforçou a confiança na condução isenta e correta do Judiciário. “Seguimos confiando na Justiça e na expectativa de uma decisão justa e imparcial”, concluiu.

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