João Guilherme Correa, preso desde 14 de novembro de 2022, suspeito de integrar célula neonazista em Santa Catarina continuará preso. A decisão foi tomada pelo TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), e divulgada nesta quarta-feira (29).
Correa foi autuado em flagrante por integrar o grupo responsável por incitar discriminação e supremacia branca. O caso ocorreu em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis.

No documento, o juiz Júlio César Machado Ferreira de Melo decidiu manter a prisão pela “necessidade de se resguardar a ordem pública, haja vista a gravidade das condutas imputadas”.
Na época da prisão, outros sete homens foram detidos. Foram encontrados em posse do grupo extremista munições, uma faca, um canivete, um livro que conta uma história de um golpe de Estado por parte de um movimento supremacista branco, broches nazistas e camisetas de bandas neonazistas, bem como diversas imagens cultuando a figura de Adolf Hitler nos aparelhos celulares dos integrantes.
Melo destacou ainda a importância de cuidados redobrados para combater a ascensão neonazista e fascista.
“Há grande propagação do pensamento de ódio, intolerância às minorias, realização de atos antidemocráticos por toda a extensão do território nacional e a crescente organização de grupos dedicados a esses fins, necessária se faz a repreensão severa do estado, para impedir ou, ao menos, minimizar os danos decorrentes desse tipo de ação, que não pode ser tolerada sob hipótese alguma”, reforçou.
A defesa 4r346d
Em nota, a defesa de João Guilherme Correa disse que as decisões judiciais devem ser respeitadas.
“As decisões judiciais devem ser respeitadas. Eventual entendimento diverso deve ser objeto de contestação pelos meios e nas instâncias competentes. A defesa técnica estuda sim a viabilidade de rediscussão da matéria em Brasília”.
Quando questionado se o homem se declarou participante ou não da célula, a defesa optou por não comentar. A resposta foi que “a defesa se resguarda ao direito de se manifestar somente aos autos”.