Por decisão do júri popular nesta quarta-feira (14), o homem acusado de matar a facadas Marise Mette, de 45 anos, em Blumenau, no Vale do Itajaí, foi condenado a 21 anos e 4 meses de reclusão. O crime aconteceu em outubro de 2019.

Carlos Erasmo Luiz dos Santos recebeu pena máxima, dentro da denúncia oferecida pelo Ministério Público. Ele foi condenado pelo crime de homicídio quadruplamente qualificado. Uma das qualificadoras foi o feminicídio.
O promotor público, Odair Tramontin, diz que ficou satisfeito com a decisão do Tribunal do Júri e que espera que a condenação traga um pouco de paz à família da vítima.
“Que sirva como elemento pedagógico para inibir a violência contra a mulher, que cada vez aumenta mais. A gente precisa enquanto sociedade conscientizar as mulheres a não conviverem com violência dentro dos relacionamentos e por outro lado, punir aqueles que eh praticam esses crimes ou leis.”, disse o promotor.
Tramontin conta ainda que durante toda experiência profissional, esse foi talvez um dos crimes mais cruéis no qual ele já atuou.
“Foram requintes de muita crueldade, uma escalada de violência interminável. Mas, de qualquer forma, o resultado está aí e eu como promotor, mas sobretudo como cidadão, estou muito satisfeito”, disse.
Relembre o caso 6jr3z
O corpo de Marise Mette, na época com 45 anos, foi encontrado no dia 18 de outubro já em avançado estado de decomposição. Foram os vizinhos da casa dela, no Tribess, que acionaram a polícia após sentirem o forte odor que havia no local.
De acordo com as informações do processo, Marise foi morta por asfixia e com facadas, recursos que dificultariam a defesa da vítima. Além disso, o Ministério Público apontou a qualificação de feminicídio por conta da relação entre agressor e vítima.
Após cometer o crime, Santos fugiu para o Rio Grande do Sul, onde foi localizado e preso dias depois.