Foram cerca de 18 horas de julgamento até que uma decisão fosse proferida pelo Tribunal do Júri em Araquari, no Norte de Santa Catarina, na madrugada desta sexta-feira (23), com a absolvição de uma acusada pela morte da empresária Cátia Regina Silva em 2019.

Outro acusado foi condenado a 15 anos e nove meses de prisão, mas recebeu o direito de recorrer em liberdade. A família da empresária, porém, não aceita o resultado do júri.
“É como se tivessem assassinado ela novamente na nossa frente”, comentou uma sobrinha de Cátia sobre a sentença. De acordo com a advogada Sarita Henrique de Paiva, assistente de acusação no processo, a família da empresária ficou “bastante desesperada” com a decisão.
O julgamento teve início na manhã desta quinta-feira (22), em Araquari, e só terminou durante a madrugada desta sexta. Na sentença, publicada pela Justiça durante a tarde desta sexta-feira, o júri reconheceu que a acusada ajustou com os executores a morte da empresária, mas decidiu absolvê-la do crime de homicídio qualificado.
Relembre o assassinato da empresária 176673
Proprietária de uma loja de roupas, Cátia Regina foi assassinada quando voltava de ville a São Francisco do Sul, no dia 24 de julho de 2019. Ela desapareceu na BR-280, quando houve um último contato com a família.
No dia seguinte, a vítima foi encontrada morta com um tiro na cabeça e os braços amarrados, dentro de um rio, próximo a um motel em Araquari. Já o veículo de Cátia foi localizado carbonizado próximo ao Morro da Palha, em São Francisco do Sul.
À época, a família de Cátia relatou que ela vinha sofrendo ameaças, por mensagens em uma rede social. Para a execução da empresária, os suspeitos teriam simulado uma blitz policial, de acordo com as investigações, e levaram a vítima a um local ermo, onde ela foi assassinada.