A ação violenta da Guarda Municipal de Balneário Camboriú chegou ao MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), que instaurou, de ofício, uma notícia de fato para apurar a possível prática de crimes envolvendo abuso de autoridade.
Os crimes teriam ocorrido, em tese, por guardas municipais que atenderam a ocorrência de perturbação do sossego na última sexta-feira (4), na Casa do Rap, no bairro da Barra.
O procedimento foi instaurado pela 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Camboriú, com base em filmagens da abordagem dos guardas disseminadas nas redes sociais e na mídia tradicional no último final de semana, nas quais aparecem a suposta agressão a uma mulher e o disparo de tiros de balas de borracha contra um dos cidadãos envolvidos.
As primeiras medidas da Promotora de Justiça Ariane Bulla Jaquier no procedimento foram requisitar a instauração de inquérito à Polícia Civil e de procedimento istrativo à Corregedoria da Guarda Municipal, com a identificação dos guardas municipais que participaram da ocorrência, de possíveis vítimas e de testemunhas.
O prazo para a comprovação do atendimento da requisição, com remessa das portarias de instauração dos procedimentos, é de 15 dias a contar do recebimento do ofício encaminhado pelo Ministério Público.
Relembre o caso 6jr3z
Uma ação da Guarda Municipal de Balneário Camboriú na noite da última sexta-feira na Casa do Rap, situada no bairro da Barra em BC, repercutiu nas redes sociais. Um dos sócios do estabelecimento e também tatuador, Wellington conhecido como Blackout, foi baleado com tiro de borracha.

Imagens divulgadas pelo local mostram os agentes dando ordem de prisão aos presentes e em seguida agredindo a pessoa que estava gravando. O vídeo na íntegra mostra ainda o ferimento no braço do tatuador causado pela bala de borracha, o ND+ retirou esta parte do vídeo por se tratar de uma imagem muito chocante.
Em seguida as imagens mostram outro guarda indo pra cima de algumas pessoas, há outro corte e um agentes esta atirando na rua enquanto uma menina pede que ele pare, o policial para e dá um tapa no rosto da moça.
Em nota o estabelecimento explicou que já estavam fechando o caixa, por volta das 22h40 quando os agentes da Guarda Municipal chegaram e pediram os alvarás de funcionamento, quando em determinado momento houve uma discussão que desencadeou a violência por parte da polícia.
“Logo em seguida encadeou as diversas agressões e ações desnecessárias causando ferimentos em pessoas inocentes e que não representam qualquer ameaça seja pra quem for… é isso fica claro nos vídeos que estão circulando”, publicou a Casa do Rap.