Um imigrante iraniano se inscreveu no último mês de outubro em um programa de morte medicamente assistida do governo do Canadá para doentes terminais e deficientes físicos.
Amir Farsoud ficou desesperado quando soube que a propriedade onde vive em St Catharines (Ontário) com outras pessoas foi posta à venda. Temendo ficar sem teto, ele pediu para ser submetido à eutanásia (antecipação da morte).

“Eu não quero morrer, mas prefiro morrer a ser um sem-teto”, desabafou ao canal City News. Farsoud sofreu um acidente anos atrás que o deixou fisicamente incapacitado.
Com a viralização da notícia, uma campanha no GoFundMe (chamada de vaquinha), no site de financiamento coletivo, foi criada para ajudar Amir. O criador disse se sentir “compelido a ajudar”, apesar de não conhecer o homem.
“Por favor, pessoal, meu objetivo é arrecadar dinheiro suficiente para que ele possa pagar o aluguel e a comida pelos próximos sete anos, para que ele possa se mudar para uma moradia ível e mostrar esperança”, afirmou. “Precisamos da humanidade para vencer. Estamos todos juntos nesta vida e, como canadenses, precisamos ajudar. Se os últimos três anos nos ensinaram alguma coisa, é que sem compaixão, resiliência, comunidade e boa saúde, não somos nada. Se todos doarmos o que podemos poupar, podemos ajudá-lo”, acrescentou.
Até então, a campanha arrecadou mais de 60 mil dólares canadenses (cerca de R$ 235 mil). O resultado fez Amir rever os seus planos e abrir mão da eutanásia. “Sinceramente, pensei que não estaria aqui em dezembro”, disse o imigrante iraniano, que fugiu do país do Oriente Médio aos 12 anos.
Com o dinheiro arrecadado, Amir já pagou uma dívida de R$ 78 mil.