Os reservatórios desempenham um papel fundamental na distribuição e armazenamento de água. Em Blumenau, depois que o recurso precioso é captado em diferentes pontos do rio Itajaí-Açu, a transformação da água bruta em potável se inicia e nesse contexto, entra o importante trabalho das estruturas com aproximadamente 35 milhões em capacidade de reservação.
Blumenau tem 65 reservatórios, de pequeno e grande porte – Foto: Reprodução/NDTVOs reservatórios são cruciais para o sistema de abastecimento do município. Entre as funções que as estruturas desempenham, estão o controle de pressão das redes, abastecimento contínuo para a população, ajuda em picos de alta demanda de consumo, além da segurança e flexibilidade para o sistema de água de Blumenau.
Equilibrando oferta e demanda, coletando água quando o consumo é baixo e liberando durante os picos, os reservatórios ajudam nas necessidades adicionais da população.
“Eles também permitem a realização de manutenções na rede sem interromper o fornecimento, pois a água armazenada pode ser usada durante esses trabalhos. Outra contribuição para o sistema é a garantia que a água seja de boa qualidade. O Samae realiza ensaios laboratoriais frequentes, não apenas na saída do tratamento, mas também na que está armazenada no reservatório”, pontua a engenheira civil do Samae Blumenau (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), Graziele Peixer Garcia.
A engenheira ainda explica que uma das principais funções das estruturas é o controle de pressão do sistema. Isso por que os reservatórios ajudam a manter uma pressão constante na rede, evitando flutuações que poderiam causar rompimentos nas tubulações, por exemplo.
Para fornecer água potável para mais de 90 mil ligações em Blumenau, a manutenção dos reservatórios regular garante uma operação eficiente do sistema de distribuição.
O trabalho de supervisão do Samae nas estruturas garante a segurança das estruturas em Blumenau. “Esse tipo de material, por exemplo, ele é utilizado no mundo inteiro. Se calcula a estrutura dele para atender a segurança, para atender as cargas solicitadas. A questão da localização, nós sempre levamos em consideração a cota de implantação dele, qual é a influência dela no sistema de abastecimento”, revela Graziele.
Quais os desafios da distribuição de água em Blumenau? 314869
Uma cidade cheia de relevos, pontos altos e morros, implica em uma série de desafios para o sistema de distribuição de água.
O engenheiro mecânico do setor de monitoramento de válvulas do Samae, Luiz Henrique Tomazo, esclarece que a Estação de tratamento no bairro Salto, por exemplo, tem uma cota de 15 metros da altura do nível do mar e a autarquia precisa bombear a água para cotas acima de 100 metros de altura. A água bombeada precisa transpor todo o vale ando por montes onde ela sobe com pressão e depois o Samae regula a força da água até as partes inferiores.
“O Samae faz tudo o possível, nós temos uma captação bastante antiga, estamos com vários projetos em andamento para adutoras novas, tratamento novo. Os projetos estão em andamento e constantemente estamos fazendo essas melhorias na cidade, tentando trazer qualidade e um serviço contínuo para a população”, sinaliza Tomazo.
