A implementação da 3ª faixa em pontos críticos da BR-282, em Santa Catarina, surgiu como uma alternativa enquanto a duplicação da rodovia não sai do papel.
BR-282 sai de Florianópolis e corta Santa Catarina até município próximo da fronteira com a Argentina – Foto: Julio Cavalheiro/Secom/NDDe acordo com o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, já existe uma conversa inicial com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para o início da construção da 3ª faixa.
“Nós formalizamos por meio de ofício o interesse de Santa Catarina na construção e inclusive com aporte de recurso. Além disso, manifestamos em audiência pública, na Câmara dos Deputados, que, havendo a necessidade, seria realizado porque é uma demanda prioritária”, explica o secretário Thiago Vieira.
Mesmo com a posição favorável ao investimento estadual para melhorias na rodovia que vai de Florianópolis até próximo da divisa com a Argentina, o secretário explica qual o próximo o do planejamento.
“O DNIT está trabalhando na elaboração do projeto e, assim que tivermos, conversaremos sobre os valores necessários para a obra”, detalha o secretário Thiago Vieira para o ND+.
Apesar disso, o DNIT, por meio de nota publicada na noite da última quinta-feira (18), confirmou que o processo segue em fase inicial e que o departamento trabalha na preparação do edital de licitação.
No entanto, esclarece que ainda não há informações definidas, neste momento, sobre valores investidos, prazos e trechos beneficiados pelas intervenções da 3ª faixa.
“A partir do andamento dos trabalhos nas próximas semanas, adotará mecanismos que acelerem a tramitação de documentos e licenças a fim de que as terceiras faixas estejam mais rapidamente à disposição dos usuários da rodovia”, ressalta o DNIT.
Além disso, o órgão federal informa que a prioridade para a execução de obras serão áreas com “maior impacto sobre a mobilidade e a segurança dos usuários da rodovia”.
A implementação da 3ª faixa em pontos críticos da BR-282 foi mencionada pelo senador catarinense e presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, Dário Berger (MDB), na última quarta-feira (19)
De acordo com o senador, o diretor geral do DNIT, general Santo Filho, garantiu que a sugestão da implementação é considerada viável.
Além disso, uma reunião entre o DNIT e a SIE (Secretaria de Infraestrutura do Estado) será articulada nos próximos dias, mas ainda sem data confirmada para acontecer.
Rodovia demorou 200 anos para ser construída 1x4uj
O caminho da BR-282 teve sua história iniciada na Serra, ainda no século 18. Na época, o território que hoje abriga a cidade de Lages – então “Vila de Nossa Senhora dos Prazeres das Lagens” – já era forte na criação de gado.
Aspectos fotográficos da antiga estrada de Florianópolis a Lages e atual rodovia BR-282 nas imediações de Bom Retiro. Fotografia de 1998 – Foto: Antonio Carlos Werner/NDPorém, uma das potências bovinas não havia ligação com as vilas de Nossa Senhora do Desterro, no litoral, e, a agricultura predominante nas vilas açorianas precisava se aproximar da pecuária presente nas cidades do interior do Estado.
Em 1776, na tentativa de desbravar as terras afastadas do Litoral, foi convocada a primeira expedição exploradora, saindo da foz do Rio Cubatão, na atual região da Grande Florianópolis, em direção ao Planalto Serrano. O principal intuito: facilitar a integração socioeconômica e política entre as duas importantes regiões.
A partir desta data, começaram os trabalhos de estudo do terreno para a abertura de estradas que ligassem o Leste ao Oeste. Confira a história completa clicando aqui.
