O cronograma para os últimos ajustes do Promobis, o projeto de mobilidade integrada da AMFRI está chegando ao fim. Nesta semana, foram separados três dias para alinhar todos os pontos necessários antes da fase de contratação do financiamento.

Esta é uma agenda importante, já que todos os documentos técnicos reados nesses dias vão servir como objeto das fases de negociações. A previsão é que as obras iniciem no final de 2024 e, em até cinco anos, sejam concluídas.
“Nós vamos ter a revisão do manual de operações do projeto, que é um documento muito importante utilizado para a fase de implantação”, pontua Paulo Rech, gerente da equipe técnica da U (Unidade de Coordenação do Promobis).
“Lá, terão todos os detalhes de como vamos promover o programa que foi desenhado nas fases anteriores até agora”, complementa o executivo. Agora, o que falta para o Promobis começar a ser implementado é a aprovação do governo federal.

O encontro está previsto para acontecer no mês de março, em Brasília, e se tudo ocorrer conforme o planejado, ainda no final deste ano o projeto começa a se tornar realidade.
“O consórcio vai pra Brasília em março, nos dias 7 e 8, onde serão feitas as negociações junto ao Governo Federal”, informa Taís Fonseca, co-gerente do Banco Mundial. “Uma vez que o executivo aprove o financiamento, a gente segue para aprovação dentro do banco, pelo diretório, e do empréstimo.”
O Promobis é um projeto pioneiro no Brasil pela proposta de gestão consorciada composta por três grandes iniciativas:
- Sistema de transporte coletivo regional, que vai integrar e interligar os 11 municípios da AMFRI de Porto Belo Balneário Piçarras através de transporte coletivo elétrico;
- Túnel submerso entre Itajaí e Navegantes;
- Mobilidade ativa em Balneário Camboriú.
Promobis irá transformar mobilidade da região 365l6m
Ao todo, serão investido 120 milhões de dólares, o que equivale a quase 600 milhões de reais. “O projeto é bem grande e complexo. Vai colocar nossa região a nível internacional”, ressalta Paulo Rech.
“Somos uma das melhores regiões para se morar, mas isso também exige alguns desafios. Um deles é a mobilidade urbana. Essa questão influi em outras, como turismo, desenvolvimento do comércio e qualidade de vida”, complementa.
Ainda de acordo com Paulo, a construção do túnel submerso entre Itajaí e Navegantes, talvez a obra mais impactante do Promobis, pode ser feita em quatro anos. Dois deles serão utilizados para estudos e mais dois para a execução.
“Tem a questão dos estudos geotécnicos, que precisam ser feitos e o projeto executivo. Tudo isso vai compor a parceria público-privada”, pontua, relembrando como será feito o investimento do projeto.
*Com informações da repórter da NDTV Maressa Machado