Atualmente, há, pelo menos, 100 semáforos com defeito, inoperante ou até mesmo inexistente em toda Florianópolis, de acordo com o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
O cenário fez com o que o órgão se reunisse com a Prefeitura de Florianópolis para que o município cumpra com algumas obrigações, entre elas, reformar todo o sistema semafórico da cidade, inclusive com um “projeto de modernização”.

A informação foi dada em primeira mão pelo colunista Diogo de Souza, revelando que o promotor Daniel Paladino, da 30ª Promotoria da Capital, afirmou que a situação é “antiga e grave”, sobretudo para os pedestres.
A recomendação, que foi assinada por Paladino, foi entregue ao secretário de Infraestrutura e Transporte, Rafael Hahne. O município tem um prazo total de 90 dias.
Em nota, a prefeitura se manifestou e informou que está trabalhando na “contratação de empresa para apoio na operação, manutenção e melhorias no sistema semafórico do município em um pacote geral de investimentos”.
Ainda reforçou que a istração de Florianópolis “possui diálogo aberto e contínuo com o Ministério Público de Santa Catarina e vem trabalhando em sintonia com o órgão”.

Semáforos da Beira-mar Norte completam 1 mês de inoperância 295t
Não é de hoje que Florianópolis enfrenta problemas de funcionamento dos semáforos espalhados pela cidade, que afetam principalmente os pedestres e ciclistas.
Um exemplo são os equipamentos para pedestres localizados na avenida Professor Henrique da Silva Fontes (Beira-Mar Norte), na altura do shopping Villa Romana e na pista de skate “Trinda Times”, na Trindade. Eles estão apagados e sem funcionar há pelo menos 30 dias, comprometendo a segurança de quem precisa atravessar uma das avenidas mais movimentadas da Capital.
Durante toda a extensão da Beira-Mar Norte, é possível notar diversos semáforos para pedestres apagados. Somente nas faixas de pedestres da avenida Professor Henrique da Silva Fontes, na altura do shopping Villa Romana, pelo menos 15 equipamentos estão inoperantes, comprometendo a segurança de diversos usuários que circulam pela região.
A dona de casa Alessandra da Silva, 29 anos, expressou preocupação ao atravessar a avenida com o filho de um ano e dois meses no colo. Ela disse que fica insegura ao atravessar, porque ali há carros vindo de várias direções. “Com um bebê no colo, especialmente em dias chuvosos, é bastante perigoso”, relata.
O ciclista Marco Machado, 24 anos, também ficou alarmado. Ele precisou descer da bicicleta para observar quando o semáforo dos carros ficaria vermelho a fim de atravessar com segurança.
“Fiquei assustado ao perceber que o semáforo não funcionava, o que pode levar a acidentes devido à distração das pessoas”, destaca.

Centro de Florianópolis também tem semáforos apagados 1c611e
A situação não é diferente no Centro. Em uma das vias mais movimentadas da região, o equipamento para a faixa de pedestres entre o Ticen (Terminal Integrado do Centro) e o Terminal Rodoviário Rita Maria também está apagado.
A engenheira de redes Tatiane de Figueiredo, 43, que a pelo local com frequência, diz que o semáforo está apagado há meses. “Sempre faço esse trajeto e tenho dificuldade em atravessar. Primeiro porque o semáforo para pedestres não funciona e segundo porque o tempo do sinal para os carros é muito curto”, conta, destacando a dificuldade em fazer a travessia com a mãe, Janete, 70.
“Muitos têm dificuldade de caminhar rápido e atravessar uma rua em segurança”, alerta.