* Danilo Duarte, interino
A quantidade de denúncias de banhistas sobre irregularidades nas praias de Florianópolis ao longo dos últimos dias pode até parecer repetidas, mas revelam a ineficiência do poder público e a sanha desenfreada de gananciosos, criminosos ou porcalhões.

Veja só, leitor: em Canasvieiras, o problema é o acúmulo de lixo e uma coleta que não acompanha as necessidades. Na vizinha Canajurê, ambulantes irregulares tomam conta da faixa de areia.
Em Ingleses, loteamento da praia com guarda-sóis demarcam território como se aquela porção da praia fosse privatizada. No Sul da Ilha, é preciso disputar espaço com cachorros ao longo da praia do Campeche. Até na praia da Saudade, no Itaguaçu, os cães fazem suas necessidades livremente.
É inacreditável como os casos se repetem todos finais de semana. Uma verdadeira invasão e um desfile de infrações em praticamente todos os cantos deste pedacinho de terra perdido no mar, como diria o poeta Zininho.
O revoltante de toda esta história é que a recomendação das autoridades é só uma: ligar para o 153 e pedir por ajuda, para que os guardas municipais façam o trabalho de fiscais e com a autoridade policial que lhes é atribuída para recolher todo tipo de apetrecho.
No entanto, não são poucas as reclamações de leitores sobre a dificuldade em conseguir contato com a Guarda Municipal de Florianópolis. Uma das mensagens resume: “Faça um teste e ligue para o número 153 da Guarda!!! NÃO ATENDE!!!!!! Nesse caso não é ineficiência, É TOTAL AUSÊNCIA!”
O secretário de Segurança Pública da Capital, Araújo Gomes, explica que a questão é mais complexa. “O número de atendimentos decorrentes de ligações, que é alto, mostra que o 153 é uma ferramenta bastante importante. E que dá vazão a um número expressivo de denúncias. Da mesma forma o Zapdenúncia [oferecido pela prefeitura pelo número 0800-808-0155]. Além disso, há a atuação preventiva, como o sobrevoo de drones, por exemplo.”
Ele ainda detalha todo o trabalho ostensivo que vem sendo feito. “Somos um exército nas ruas com viaturas, drones, câmeras. Hoje (domingo), por exemplo, devemos ter quase 200 agentes envolvidos: guarda municipal, fiscais de transporte, de posturas, de consumo, de meio ambiente, vigilância sanitária, atendentes na central da guarda, tercerizados de apoio e guinchos contratados.”