A construção urgente de uma ferrovia, ligando Chapecó a Cascavel, vai ser concretamente analisada hoje durante reunião de investidores chineses com lideranças empresariais do oeste catarinense. O encontro vai acontecer às 14h30min, na sede da Associação Empresarial de Chapecó e terá a participação de diretores da Coesa, a mega empresa da China que está interessada em bancar o projeto.
O estudo de viabilidade da ferrovia já foi realizado com patrocínio da Acic, Faesc, Fiesc, Ocesc, Facisc e Centro Empresarial de Chapecó. A ligação com Cascavel permitirá uma linha ferroviária com o centro-oeste brasileiro.

Esta conexão ferroviária é considerada vital para sobrevivência do agronegócio, um dos pilares da economia catarinense e o principal item na pauta de exportações do Estado.
Há décadas que as empresas do agro reivindicam uma linha ferroviária de Chapecó para o centro-oeste. As justificativas são poderosas. O oeste de Santa Catarina importa anualmente do centro-oeste de 5 a 6 milhões de toneladas de milho todos os anos. Esta operação monstruosa mobiliza mais de 100 mil carretas entre o centro-oeste do Brasil e o oeste de Santa Catarina. O milho é essencial para criação de aves e suínos em toda a região. E o Estado não tem produção suficiente.
A constatação feita pelo setor produtivo é simples: os governos federal e estadual não tem recursos financeiros para bancar a ferrovia. Incentivos aos investidores estrangeiros são fundamentais.
A Coesa está disposta a pagar o projeto e executar a estrada de ferro entre os dois Estados do sul. Dispõe de recursos financeiros e a China hoje possui a mais moderna tecnologia na implantação de ferrovias.
O oeste volta a defender, também, a construção da ferrovia da integração, entre o oeste e o litoral, para garantir o transporte de produtos pelos portos catarinenses.
A “Ferrovia do Frango” é bandeira desfraldada há 30 anos.