(Conteúdo publicado no especial ‘Desafios Florianópolis: ideias e contribuições para uma cidade melhor’, elaborado por Marcello Corrêa Petrelli como forma de colaboração para o desenvolvimento sustentável, ordenado e estratégico da cidade)
Na entrada de Florianópolis, há uma estrutura que exala mau cheiro. A Beira-Mar cheira mal e segue poluída. Há uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) no local que não deveria estar ali. Mais de R$ 24,5 milhões foram anunciados para despoluir a região, mas o dinheiro foi jogado no esgoto. São décadas de poluição.
Todo verão as praias estão sujas e os serviços de saúde lotados para atender aos surtos de virose. Há vários anos, o Grupo ND vem denunciando e investindo milhares de reais em estudos que verificam o agravamento do problema. Fizemos um amplo diagnóstico jornalístico, em todo o Estado, mostrando que ocupamos um indicador vergonhoso no saneamento.
Dados mais recentes da Casan apontam que menos de 65% da população de Florianópolis tem o à rede de esgoto – Foto: Divulgação/NDFlorianópolis está na 16ª posição entre as capitais brasileiras em cobertura de esgoto, atrás de todas as capitais das regiões Sul e Sudeste. Essa posição reflete a urgência de tratar o saneamento básico como prioridade absoluta.
O saneamento de Florianópolis é um escândalo. Quando questionada, a prefeitura afirma que está cobrando da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento). Mas nada muda. Em meio ao jogo de empurra, a cidade fica à deriva, enfrentando poluição e riscos ao meio ambiente e à saúde pública.
Dados mais recentes da Casan apontam que menos de 65% da população tem o à rede de esgoto. Bairros importantes e populosos, como Santinho, Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa, Córrego Grande, Itacorubi e Parque São Jorge, Campeche, Ribeirão da Ilha e Tapera ainda aguardam a instalação de Estação de Tratamento de Esgoto.
Coragem e resolução. É o que precisamos.
Sugestões de propostas 5s2257
- Privatizar o sistema de esgotamento sanitário, enquanto a Casan segue com o abastecimento, captando e fornecendo água tratada.
- Deslocar a Estação de Tratamento Insular, localizada na entrada da Ilha, para dar melhor aproveitamento para a área.
- Retirada da URA (Unidade de Recuperação Ambiental) da Beira-Mar Norte.
- Aumentar a fiscalização das ligações clandestinas na rede de esgoto pluvial.
- Investir na expansão da rede coletora de esgoto nas áreas ainda não atendidas.
- Cumprir as metas do Marco Legal do Saneamento.
- Ampliar a fiscalização, multas e fechamentos de estabelecimentos que não se adequam às normas ambientais.
