O acidente aéreo que motivou a modernização dos aviões e foi o mais letal da história, com 587 pessoas mortas, marcou história ao redor do mundo. Foram dois aviões que, juntos, ficaram marcado na mente de todos os pilotos.

O desastre no aeroporto de Tenerife, em 27 de março de 1977, mudou significativamente os padrões de segurança na aviação, mesmo que o verdadeiro horror tenha acontecido antes mesmo dos aviões deixarem a pista.
Na data, dois aviões um da KLM e outro da Pan Am, colidiram no solo do aeroporto de Tenerife. Ambos os voos não estavam programados para pousar ali inicialmente, sendo forçados a fazê-lo devido a um incidente terrorista no aeroporto de Gran Canaria, que causou ferimentos em uma pessoa.
Ambos os aviões acabaram na mesma parte do aeroporto. O avião da KLM recebeu instruções para aguardar, enquanto o da Pan Am deveria segui-lo. Mas foi aí que ocorreu a tragédia: o avião da KLM tentou decolar sem autorização.
Além disso, a situação foi complicada pela neblina, que levou o avião da Pan Am a perder a curva. O avião da KLM iniciou a decolagem quando não deveria e só percebeu a presença do outro avião quando já era tarde demais.
A gravação do acidente aéreo g15z
Uma gravação do voo da Pan Am ouviu o capitão exclamar: “Caramba, aquele filho da p* está chegando!” antes que o co-piloto gritasse: “Saia! Saia! Saia!” O avião da Pan Am tentou sair da pista enquanto o jato da KLM decolava – então eles se chocaram.

Todos no avião da KLM, 234 ageiros e 14 tripulantes, morreram. 319 pessoas morreram no avião da Pan Am, mas houve 61 sobreviventes. O número total de mortos foi de 583.
A KLM apresentou um pedido de desculpas depois de descobrir que o capitão acreditava erroneamente que poderia decolar, e a empresa foi forçada a pagar US$ 110 milhões (cerca de R$ 5 bilhões) em indenizações às famílias e danos, relata o Express.
Este trágico acontecimento provocou uma mudança nas regras de voo. Eles descobriram que a palavra “OK” deixou o capitão da KLM confuso sobre se poderia decolar. O controle de tráfego aéreo agora é obrigado a usar apenas a palavra “decolagem” ao permitir ou cancelar a decolagem; em qualquer outro momento deverá utilizar a palavra “partida”.