A transformação urbana e social de Medellín nas últimas décadas, que virou case internacional, pode inspirar a Capital catarinense, acredita o presidente do Sapiens Parque, Daniel Leipnitz, que acaba de voltar de uma missão na capital colombiana pelo movimento Floripa Sustentável.

Ele destaca principalmente a importância de uma “visão democrática, ampla e inclusiva da inovação”, com a união dos mais variados segmentos. “Eles chegaram ao fundo do poço e os líderes de todos os setores sentaram juntos para tentar mudar o futuro”, falou, numa referência ao tráfico de drogas.
“Algumas dessas pessoas deram a vida no caminho, mas começaram a fazer algo que muita gente achava impossível: diminuir a violência e aumentar a inclusão”, complementou. Para Leipnitz, a experiência de Medellín ensina que “o foco de tudo para o desenvolvimento são as pessoas” – com atenção à educação e à cidadania – e que avanços dependem “muito da conexão das pessoas”.
Ele pontua que a cidade colombiana acertou, por exemplo, ao priorizar o o dos moradores das comunidades vulneráveis, e mais afastadas, aos seus locais de trabalho.
“Antes uma pessoa que morava na favela levava três horas e hoje, com novos modais, esse tempo diminuiu para 25 minutos”, disse. “Temos que quebrar o estigma de que o desenvolvimento e a inovação estão só ligadas às startups”, defende.