
A busca por alimentos mais saudáveis tem levado engenheiros de alimentos a rever métodos tradicionais, agora com foco em melhorar o perfil nutricional de itens básicos, como o pão.
Uma das soluções que vem ganhando força são as farinhas germinadas, produzidas a partir de grãos que am por um processo de hidratação e germinação antes de serem secos e moídos.
O que são farinhas germinadas? 45431f
Esse processo não é novo, mas a ciência moderna comprovou que ele tem efeitos significativos.
Durante a germinação, enzimas naturais são ativadas, quebrando parte dos amidos e liberando nutrientes de forma que o corpo os absorve melhor.

O resultado é uma farinha com mais antioxidantes, fibras, compostos bioativos e amido resistente, além de ser mais fácil de digerir.
Um estudo publicado na revista Food Reviews International reforça que essas farinhas são aliadas no combate a problemas como prisão de ventre, obesidade e distúrbios metabólicos, e podem ser vistas como ingredientes funcionais na panificação.
Pesquisadores da Escola Superior Politécnica do Litoral (ESPOL) também analisaram o impacto desse tipo de farinha tanto na saúde quanto na indústria.
As desvantagens das farinhas germinadas 1wf27
Contudo, nem tudo são vantagens. Incorporar farinhas germinadas na produção de pão traz desafios técnicos, especialmente quando se usa grãos sem glúten ou leguminosas.

Segundo os pesquisadores, usar quantidades altas desse ingrediente pode comprometer a qualidade do pão, resultando em perda de volume, textura menos macia e alteração na aparência, o que pode desagradar os consumidores.
Por isso, as recomendações indicam que o ideal é substituir entre 5% e 20% da farinha convencional por farinha germinada, mantendo o equilíbrio entre benefícios nutricionais e qualidade sensorial.