A torcida tricolor nunca esquecerá da tarde do dia 5 de março de 2022. Há muitas datas históricas marcadas na memória do torcedor, mas o que aconteceu na tarde deste sábado no Gigantão das Avenidas, em Itajaí, entra para o rol de datas inesquecíveis, memoráveis.

É bem verdade que o JEC sequer deveria estar na situação que estava quando entrou em campo para enfrentar o Barra, mas o momento delicado que vive o clube trouxe time e torcida para um ponto de desespero, uma linha tênue e bamba que poderia significar alívio ou a desgraça para um time duas vezes campeão nacional.
A história da instituição ville Esporte Clube não merecia a mancha de um rebaixamento à Série B e a necessidade de uma epopeia para retornar a os lentos para um lugar que deveria ser natural para o time com o peso do Tricolor.
ado, história e peso não definem resultado, todos sabemos. Um time que não conseguiu o o à Série C, que não conseguiu garantir uma vaga na quarta divisão nacional e que teve apenas duas vitórias em um campeonato com 12 times talvez sequer merecesse, de fato, a permanência. Uma equipe que deixou para depois durante todo o Estadual, que se deixou chegar à última rodada encurralado e pressionado por uma vitória que parecia incerta talvez não mereça o peso da camisa tricolor.
Mas, a instituição merece. A torcida merece. Merece mais do que tem no momento, mas por hoje, a comemoração é de alívio. Só que antes do alívio, a torcida foi jogada ao inferno. O gol do Barra após falha individual parecia a pá de cal na esperança e no sonho de manter o time na elite catarinense.
A virada veio. E veio com emoção. Em três minutos, o criticado atacante Victor Rangel fez aquilo que ficou devendo durante todo o campeonato. Dois gols, a permanência e a sensação de um peso incalculável tirado do peito do torcedor tricolor.
Ficar na Série A significa que o time vai lutar, ano que vem, para voltar ao cenário nacional. Significa que a fase continua delicada e que esse tamanho não pertence ao JEC. Significa que a história do JEC, embora manchada, não foi esfacelada diante dos olhos da torcida que viu, rodada após rodada, o pesadelo se tornando realidade.
Dois gols destruíram um quebra-cabeças que a torcida tricolor não merecia, que o ville Esporte Clube não merecia.
Muito precisa mudar, mas por hora, o que temos é a respiração mais tranquila de quem permanece. Abalado, mas permanece.