Por volta das 14h20 deste domingo (29), a reportagem do ND Mais já estava nos arredores da Ressacada – naquele momento, tinha tempo até a bola começar a rolar para a partida contra a Chapecoense, mas a torcida do Avaí já se movimentava pela rua Saul Oliveira e adjacências.
A maior parte desacreditada com o time e com o campeonato em si. Sem dúvidas, as partidas disputadas até o momento pecavam em nível técnico – prejudicadas talvez pelas condições dos gramados e pela necessidade de boa parte dos times de penar para manter um time funcional em meio a longos meses de calendário parado.

“Infelizmente o nosso campeonato está fraco. Assisti ontem (27) à partida do Figueirense [contra o Brusque], e foi feio. Difícil destacar uma partida que tu dizes que foi boa. Isso reflete no público, infelizmente”, disse Marco Aurélio Espíndola, proprietário de um dos estabelecimentos anexos à Ressacada.
Do lado de fora, já pouco depois das 15h, famílias; casais e membros da torcida uniformizada do Avaí já povoavam as imediações dos portões 1 e 2 do estádio.
Em frente, em uma das mesas, uma das famílias conversava. “Pai, quem é o melhor do Avaí?” foi a pergunta de um guri, com seus decerto 9 anos, ao pai – que degustava uma cerveja.
“Filho, aí fica difícil responder”, respondeu o pai, sorrindo à reportagem, mas com fundo de complacência entristecida.
Pois bem.
Depois da noite de ontem, o pequeno terá uma lista dos melhores em campo para escolher. Ao menos se o padrão de jogo encontrado por Barroca se mantiver ao longo da competição.
Giovanni foi o nome do jogo – e jogou muito, assim como Hygor e Pedrinho; além de Garcez, que se mostrou proativo e disposto em campo. Na parte de trás do campo, Jonathan Costa fez grande partida como xerife da zaga avaiana – os dois gols da Chape vieram, a grosso modo, de falhas remediáveis de Douglas e Igor Bohn.
No intervalo, apesar do revés no placar, o avaiano começava a ser convencido que o time era capaz da reação. Acima de tudo, apresentando bom futebol. Entre eles, o aposentado Adilson Laudelino Andrade – que premeditou o que viria a seguir.

“A apresentação estava muito boa. Começamos bem, até a falha do zagueiro, para variar. Mas eu acredito que o Avaí tem time para chegar e vai brigar. Eu confio no Avaí, pode ter certeza que vamos virar. Urra, Leão”, disse.
Por conseguinte, grande nome foi sobretudo o de Eduardo Barroca, cujas mexidas no time deram nova cara e novo fôlego quando a Chapecoense recuou e o Leão precisou encontrar furos que levassem o time à vitória.
Com o saque de Poveda para a entrada de Pedrinho, Hygor foi para o meio e Pedrinho à direita – como resultado, o gol de empate saiu logo da jogada envolvendo a dupla.
A entrada de Judson, mais tarde, para a vaga de Willian Maranhão, ajudou a estancar o meio-campo alviverde, que contava com o contra-ataque para encontrar nova bola.
Uma vitória com grande atuação do Leão da Ilha dentro de casa – empurrado pela chuva que caiu na Ressacada coincidentemente quando o Avaí se encontrou na partida.
Do lado de fora, depois da peleja, a torcida era só alegria – assim como as expectativas de cada um, que foram da água para o vinho em pouco mais de 90 minutos.
“Vamos pra cima, queremos é pegar o Figueirense, o campeonato começa quando a gente pega o Figueirense” disse um dos torcedores, que em meio à muvuca dos gritos e fogos, se perdeu no mar de gente antes de ter o nome anotado pela reportagem.
Avaí no Catarinense 68131t
O próximo compromisso do Leão no Estadual é contra o Inter, em Lages, nesta quarta-feira (31).