64 times e apenas quatro vagas para a Série C. É neste mar de times de todo o Brasil que estão três representantes catarinenses lutando por uma das quatro vagas que dá o tão sonhado o à terceira divisão do futebol nacional.

Com grupos regionalizados, JEC, Marcílio Dias e Tubarão se enfrentam já na primeira fase, em busca de uma das vagas ao primeiro “mata-mata” da competição. Se a primeira fase terminasse nesta quarta-feira (4), somente o ville estaria, ainda, na disputa pelo o.
Apesar disso, a vida não tem sido fácil para ninguém no grupo que é considerado o mais equilibrado desta série D e a classificação é um bom argumento para essa “fama” do grupo 8.

Além do líder, Novorizontino, que disparou com 24 pontos em 10 jogos em uma campanha onde ainda não foi derrotado, quatro equipes estão “emboladas” com 15 pontos, tendo apenas os critérios de desempate separando quem entra e quem fica de fora do G-4.
Apenas São Caetano e Tubarão tem destoado dos adversários. O Azulão enfrenta dificuldades fora das quatro linhas e o Peixe do Sul vem totalmente reformulado para esse Brasileirão. Os dois amargam uma campanha com sete derrotas em 10 jogos.
Os quatro primeiros avançam para a próxima fase com o temido mata-mata. Serão quatro fases eliminatórias até as semifinais e o sonhado o. Dali em diante, “o que vier é lucro” e a briga a a ser pelo título.
Catarinenses na série D de 2019 e a campanha do o 475b1h
No ano ado a fórmula de disputa era diferente e, no final, deu catarinense campeão. A campanha do Brusque o levou ao título da série D ao vencer o Manaus na final, com direito a emoção e disputa de pênaltis. O quadricolor foi o líder do grupo 15, com 83% de aproveitamento e apenas uma derrota em seis jogos. Em 2019, cada grupo tinha quatro equipes ao invés das oito deste ano.
O menor índice de aproveitamento das equipes classificadas para a segunda fase foi de 50%, entre elas estava o Hercílio Luz, outro representante catarinense que avançou, mas parou na segunda fase sendo eliminado, justamente, pelo campeão.

O Tubarão estava ao lado de Cianorte, Caxias e São Caetano, no grupo 16. O Peixe do Sul amargou a última colocação do grupo com uma campanha de 22% de aproveitamento. Foram quatro derrotas, um empate e uma vitória. Em seis jogos, o Tubarão marcou sete vezes e sofreu 13 gols. A única vitória aconteceu na quarta rodada, quando recebeu o São Caetano e venceu por 3 a 2.
Já o JEC estava no grupo 17, com Avenida (RS), Ferroviária e Maringá. O Coelho também ficou com a lanterna do grupo e deu adeus ao sonho do o já na primeira fase com uma campanha de 38% de aproveitamento. Em seis partidas, duas vitórias, um empate e três derrotas. O ataque deixou, e muito a desejar, foram apenas três gols marcados e quatro sofridos. As duas vitórias foram magras, de 1 a 0, contra Avenida e Ferroviária.
Neste ano, o cenário é diferente. O JEC tem o segundo melhor ataque do grupo, com 14 gols marcados em 10 partidas, uma média de 1,4 por jogo e, até aqui, tem os 50% de aproveitamento que foram a régua de corte da classificação na temporada ada da série D.
Apesar disso, neste ano, a disputa é muito mais equilibrada e o ville precisa fazer mais para manter vivo o sonho do o. A situação do Marcílio Dias , que não disputou o Campeonato Brasileiro em 2019, é praticamente a mesma: 15 pontos e 50% de aproveitamento.
As campanhas de JEC, Marcílio Dias e Tubarão 4elr
JEC
O JEC estreou em casa nesta série D depois de ser eliminado nas quartas de final do Catarinense pelo Brusque. Foram mais de dois meses de preparação até a estreia, contra o Novorizontino, na Arena ville.
O empate não foi de todo ruim no pontapé inicial. O Novorizontino é tido como um dos favoritos do grupo e marcou de pênalti. Já o gol tricolor não foi exatamente tricolor. O zagueiro e ex-capitão do JEC, Bruno Aguiar, deu um “forcinha” e cabeceou contra o próprio patrimônio.
Na segunda rodada, empate novamente em um jogo morno diante do Marcílio Dias no Gigantão das Avenidas. O Tricolor só desencantou na terceira partida, quando recebeu o São Luiz na Arena ville e venceu por 2 a 0, com gols de Renan Guedes e Kaynan. A derrota veio na sequência e sofrendo mais um gol de pênalti. O ville foi superado pelo Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Como empate pouco é bobagem, voltando para casa, o JEC novamente viu o placar igual, desta vez, contra o Caxias. Se de um lado o artilheiro Alison Mira desencantava em cobrança de pênalti, de outro Giovane Gomez aproveitava para furar o gol de Dalberson já nos acréscimos.
A “lavada de alma” veio na sexta rodada. Recebendo o Tubarão, o JEC viu Alison Mira marcar quatro e venceu por 6 a 1. O gol sofrido, no entanto, expôs a maior fragilidade do Tricolor e que arrancou resultados importantes na sequência do campeonato. Cobrança de escanteio, bola na área, bola na rede do goleiro Dalberson.
Depois da goleada, o ville recebeu um balde de água fria no ABC Paulista. E o balde parece ter sido jogado na área vilense. O fantasma da bola parada tirou a vitória do Tricolor em apenas quatro minutos. Depois do belo gol de Diego, o São Caetano marcou duas vezes, em dois lances idênticos, em menos de quatro minutos. Cobrança de falta pela esquerda, bola na área e gol. Dois gols e derrota tricolor.
O começo do segundo turno trouxe o São Caetano para ville e, em casa, o JEC tratou de devolver o gosto amargo da derrota. Lucas de Sá e Alison Mira marcaram para o tricolor e Ronaldo descontou.
Contra o Tubarão, no Sul de Santa Catarina, a vida não foi tão fácil quanto em casa. Alison Mira marcou no minuto final e garantiu a vitória. Mas, a derrota veio na semana seguinte. No sábado (31), novamente a bola parada castigou o ville e tirou um ponto importante que o colocava na vice-liderança. Após cobrança de escanteio, gol caxiense.

Números:
- 10 jogos: 4 vitórias, 3 empates, 3 derrotas
- 15 pontos
- Aproveitamento de 50%
- 14 gols feitos, 8 gols sofridos (dois de pênalti, quatro oriundos de bola parada)
- Artilheiro: Alison Mira – 7 gols
Marcílio Dias
O que o Marinheiro precisa superar é a “sina” do empate. Já foram seis placares iguais em 10 jogos. Além dos seis empates, o Marcílio Dias tem, ainda, três vitórias e sofreu apenas uma derrota até aqui no campeonato, logo na estreia diante do Pelotas. Uma derrota amarga, é bem verdade, o gol dos gaúchos saiu aos 44 do segundo tempo, com as luzes quase se apagando.

Depois de estrear longe de casa, o Marinheiro voltou aos seus domínios para receber o JEC em um jogo morno e que não saiu do 0 a 0. Resultado esse que, inclusive, perseguiu a equipe de Itajaí nos dois jogos seguintes, fora contra o São Caetano e em casa novamente contra o Novorizontino. Foram três empates sem gols na sequência.
Depois de ar em branco em três rodadas, o Marinheiro voltou a vencer em confronto estadual. Com gol de Luiz Renan, o Marcílio trouxe três pontos de Tubarão e emendou com mais uma vitória na sequência. Com gol de Zé Vitor, bateu o Caxias no Gigantão das Avenidas. Mas, a alegria do torcedor marcilista durou pouco e, depois das duas vitórias que pareciam que dariam fôlego ao time, três empates seguidos: São Luiz, fora e em casa, e Caxias, no Rio Grande do Sul.
A vitória veio, novamente, contra o Tubarão. Desta vez, Marllon, Willian e Zé Vitor garantiram o placar mais elástico do Marinheiro na competição, um 3 a 0 que deixou o Marcílio “colado” no G-4.

Números:
- 10 jogos: 3 vitórias, 6 empates, 1 derrota
- 15 pontos
- Aproveitamento de 50%
- 9 gols feitos, 8 gols sofridos
- Artilheiro: Zé Vitor e Marllon, com 2 gols
Tubarão
A única vitória do Tubarão foi contra o lanterna do grupo, São Caetano, e só veio na quarta rodada do campeonato, depois de três derrotas seguidas. Com apenas um resultado positivo, o Peixe do Sul só não amarga a última posição do grupo porque o Azulão do ABC tem um saldo ainda mais negativo, devido a goleada sofrida para o Pelotas.

Depois de perder para São Luiz, Caxias e Novorizontino, o Tubarão conheceu a vitória graças aos gols de Dudu, Alex e ao gol contra de Acácio.
Mas, depois da vitória, duas novas derrotas em sequência para os “conterrâneos”. Primeiro, em casa, para o Marcílio Dias. Depois, a sonora goleada por 6 a 1 na Arena ville, quando o Tubarão viu seu “ex” marcar quatro vezes.
Depois da goleada, empates com Pelotas dentro e fora de casa, novas derrotas para JEC e Marcílio Dias.
Com a campanha, o Tubarão precisa reagir para continuar sonhando com o o. Há, ainda, 12 pontos em disputa e 10 separam o Peixe do G-4.

Números:
- 10 jogos: 1 vitória, 2 empates, 7 derrotas
- 5 pontos
- Aproveitamento de 16%
- 6 gols feitos, 16 gols sofridos
- O Tubarão é a principal vítima de um dos artilheiros do campeonato, foram cinco gols sofridos de Alison Mira