DRIBLES NO GRAMADO E NA VIDA. A morte do ex-atacante Albeneir na manhã desta quinta-feira chuvosa abalou não só o mundo do futebol onde ele foi um artilheiro implacável, como abalou também uma legião de jovens que em colégios, centros de recuperação e igrejas ouviam o seu firme testemunho da sua vitória sobre as drogas e as bebidas. Albeneir Marques Pereira virou um exemplo, não só dos dribles que ele não deu nos zagueiros adversários, como também nos dribles que ele deu no vício depois de pendurar as chuteiras.

CRAQUE. Como jogador de futebol, o mineiro Bena era um daqueles atacantes fora de série. Com suas pernas longas, ganhava na velocidade dos defensores e na entrada da área tocava a bola levemente para o lado para o chute forte, rasteiro e cruzado onde a única alternativa que sobrava para os pobres goleiros era o desespero por nada poder fazer no lance e pela angústia de buscar a bola no fundo das redes.
NA HISTÓRIA. Foi com essas características, mesmo que ele em muitas vezes ele tenha entrado em campo com cara de sono após ter ado a noite em claro fazendo festa, que esse atacante mineiro de Baldim, marcou incríveis 93 gols com a camisa do Figueirense, sendo o terceiro maior artilheiro do Alvinegro nos seus 102 anos de história.
EM CASA. Apesar de ter nascido em Minas Gerais, há 65 anos e de ter atuado em vários clubes pelo Brasil, chegando inclusive a vestir a camisa de Seleção Brasileira de Novos, foi aqui na Grande Florianópolis que Albeneir se sentia em casa era recompensado pelas visitas que recebia de vários amigos e iradores que ele tinha. E não eram poucos. Vá em paz, craque! Já estamos com saudades.
A homenagem da parceria Ricardo Manhães (chargista do ND) e este colunista para a despedida do grande amigo Albeneir.
