O Pleno do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) manteve a decisão da Primeira Instância e eliminou Caçador, Chapecó, Criciúma e São José da 59ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina, na modalidade de futebol feminino.

De acordo com o presidente Vinicius Bion, os quatro municípios inscreveram jogadoras que não cumpriram o período de dois anos residindo no Estado.
A exigência é parte do regulamento geral da competição. Com isso, a final entre Caçador x Criciúma e Chapecó x São José, valendo o terceiro lugar, está cancelada e o torneio fica sem campeão.
Bion explicou que Caçador tinha a atleta Larissa Vasconcelos com registro em 2018. No caso de Chapecó, São José e Chapecó, as jogadoras eram Naiane Batista, Sílvia dos Santos e Maria Eduarda de Oliveira, respectivamente.
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A Lei 13.622/2005, de autoria do então deputado estadual, Antônio Aguiar, determina o período de dois anos residindo em Santa Catarina, para participar dos Jasc.
“O meu entendimento para resolver essa questão é a revogação da legislação”, observou. Bion recomendou aos dirigentes municipais que pressionem os deputados de suas regiões.
Os quatro municípios que foram punidos pelo TJD alegam má orientação no processo de inscrição.
“A Fesporte (Fundação Catarinense de Esporte) precisa urgentemente rever esse regulamento, que tem outras falhas”, observou o presidente da FME (Fundação Municipal de Esportes de Criciúma) de Criciúma, Nícola Martins.
O dirigente acredita que diversas queixas vão aparecer ainda nesses Jasc e acarretarão em aberturas de processos.
O presidente do Kindermann, Salésio Kindermann, disse que no que depender dele, a equipe vai continuar representando Caçador. “Deixamos 10 jogadoras em casa por não terem condições de competir nos Jasc”, observou.
O presidente da Secretaria da Juventude e Lazer de Chapecó, Ivan Carlos Agnoletto, disse que no que depender dele, o futebol feminino não disputará mais os Jasc.
“Vamos priorizar os campeonatos brasileiros e os torneios intercontinentais”, afirmou.
O diretor técnico, Claiton Ribeiro, de São José, disse que a cidade deve continuar com o futebol feminino em razão do projeto que existe no município. Ele defende que a legislação estadual seja revista de imediato.
O coordenador de esportes da Fesporte, Valdecí da Silva, preferiu não se manifestar a respeito da decisão do TJD dos Jasc, até a publicação da matéria.