A campanha de Dorival Junior no comando do Flamengo é emblemática. Apesar do sucesso neste seu retorno ao clube rubro-negro, ele está muito perto de ir além. O técnico pode dar voz da razão àqueles contrários à invasão portuguesa no futebol brasileiro. Ele está perto de repetir a façanha de Jorge Jesus em 2019, no mesmo Flamengo.
Após 38 anos de espera, o Flamengo voltou a levantar a taça da Libertadores da América. Naquela ocasião, o Mengão contava com a ilustre presença de Zico no ataque, eleito melhor jogador e artilheiro da competição. No início, parecia que o Flamengo iria ficar apenas no “cheirinho”, novamente. Porém, o treinador Jorge Jesus chegou e mudou a forma de jogar do caríssimo elenco flamenguista. Não deu outra, os cariocas conquistaram a Libertadores e o Brasileirão na mesma semana e entraram para a história – Foto: Marcelo Cortes/FlamengoNaquele ano, o Rubro-Negro venceu 28 partidas e empatou 8 vezes, com 4 derrotas sofridas. Já o Flamengo de Dorival Junior soma 28 vitórias, com 3 empates e 3 derrotas. No balanço, o aproveitamento de ambos é rigorosamente igual: 76%.
Dorival Júnior de olho nos títulos que podem fazer história no Flamengo- Foto: Gilvan de Souza/CRFlamengo/Divulgação/NDSe Jorge Jesus tem na Libertadores e no Campeonato Brasileiro seus principais títulos, Dorival tem chance de fazer o mesmo. Sem falar na Copa do Brasil, na qual o Flamengo está bem perto da final. Significa que o Clube da Gávea pode ter outro “ano mágico”, mas agora sob comando de um brasileiro.
Responda: qual o título conquistado por Jorge Jesus após saída do Flamengo? 5h5938
Seriam argumentos suficientes para esfriar a intensa invasão portuguesa que tomou conta do Brasil, desde a chegada de Jorge Jesus. Além disso, seria a comprovação de que investimento em elenco faz a diferença, sendo o treinador apenas uma parte de todo um contexto de sucesso. Não que Dorival Junior não mereça méritos, é claro, pois outros fracassaram no mesmo Flamengo com o mesmo elenco.
Mas são informações que reforçam a tese de que, mesmo sendo Jesus, não há milagres que leve um time a fazer o que o Rubro-Negro fez no ado recente e poderá repetir em breve. Isso vale para o Palmeiras de Abel Ferreira também, sobretudo depois do “adeus” à Libertadores.
