Além do VAR, a Fifa adotou mais uma ferramenta tecnológica para diminuir os erros nos jogos de futebol. A linha do impedimento, centro de polêmica em diversos lances na história do esporte, será medida por uma tecnologia capaz de detectar automaticamente se um jogador está em impedimento ou não.
A novidade a a valer, oficialmente, no Mundial de Clubes 2022.

A entidade já havia testado o recurso na Copa Árabe, no Catar, e agora, deve utilizar o recurso logo em uma das competições de maior prestígio mundial, que contará com a participação do brasileiro campeão da Libertadores da América, o Palmeiras. O Mundial de Clubes começa em 3 de fevereiro e se estende até o dia 12 do mesmo mês.
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Em resumo, o sistema irá ‘rastrear’, a partir de imagens de câmeras instaladas sob o teto do estádio, o percurso da bola e dos atletas em campo. Captando os movimentos, o recurso permite a criação em tempo real de representações visuais tridimensionais dos esqueletos animados dos jogadores. São ângulos de até 29 pontos de dados por cada jogador.
Com isso, é possível detectar quando um atleta está em posição irregular. O sistema emite a mensagem ao VAR, que avisa o árbitro principal. O recurso permite que não seja mais necessário traçar manualmente, na central do VAR, as linhas verticais e horizontais do impedimento para saber se o corpo do atacante está à frente do defensor.
Segundo a Fifa, graças às novas fontes de dados e processamento fornecidas por empresas de visualização baseadas em inteligência artificial, uma partida inteira pode ser assistida como uma animação virtual com apenas alguns segundos de atraso, o que proporciona a treinadores, equipe médica e outros especialistas a oportunidade de examinar a partida sob novas perspectivas.
É possível, por exemplo, analisar a ação do ponto de vista de um jogador específico em campo, examinar um momento de mudança de jogo de um ângulo diferente ou obter uma visão panorâmica do gramado.
A Fifa avalia que a tecnologia fornece informações “inovadoras” e considera que a experiência com o sistema foi bem-sucedida na Copa Árabe, o que fez com que a entidade decidisse usá-lo também no Mundial de Clubes em Abu Dabi. É provável que o sistema esteja presente na Copa do Mundo do Catar.
“Acreditamos que o o a essa nova fonte de dados pode impactar positivamente o jogo, otimizando os processos de tomada de decisão e aumentando a objetividade”, disse Johannes Holzmüller, diretor de tecnologia e inovação do futebol da Fifa.