A mão de obra é a parte fundamental que compõe a estrutura de uma empresa. Porém, com toda a hibridização que veio com a modernização dos meios, algumas reclamações ficaram evidentes e podem representar um problema para quem procura manter um certo nível de excelência no mercado.

O ND+ conversou com o psicólogo, analista de recrutamento e seleção, Carlos Augusto Villanova, para explicar melhor a problemática da área e como ter um processo seletivo mais humano e menos robotizado.
Recrutamento ágil 1t53
De acordo com Villanova, “hoje no mercado estão em evidência as plataformas de ATS (sistema de rastreamento de candidatos, em tradução livre), recrutamento em geral, o RH tradicional da papelada está ficando cada vez mais no ado“.
Ainda conforme o psicólogo, “atualmente as empresas utilizam destas ferramentas como uma grande aliada de um recrutamento ágil e moderno. Grande parte dos profissionais que forem buscar um emprego ou transição de carreira irão acabar ando por essa experiência”.
“Por se tratar de uma ferramenta nova, o serviço vem sendo debatido nas redes sociais pela questão do pouco contato humano presente no processo de seleção, demora ou ausência de e acompanhamento dos candidatos.”
Para Villanova, a parte mais importante está em jogo, a imagem da empresa. “Candidatos que am por uma experiência negativa tendem a não recomendar a vaga ou veicular negativamente a imagem empresa”, explica.
“O excesso de bots, geram essa experiência não humanizada, a empresa que procura atrair uma mão de obra mais especializada, precisa personalizar esses processos, gerando agilidade e maior participação humana”, afirma.
Adotar uma metodologia consistente para operar a ferramenta ATS, tornando o setor mais estratégico e menos operacional 3m460
“O conceito de entrevista por competência forma essa ruptura entre o RH do ado cuja a tendência explora as situações cotidianas das pessoas, trocando perguntas fechadas por mais abertas, permitindo um diálogo mais fluído e menos hostil, aumentando a chances da empresa de ter uma previsibilidade sobre o candidato que irá ocupar determinada vaga”, afirma Villanova.
“Por exemplo, ao invés de perguntar se ele possui conhecimento em Excel, peço para ele descrever um momento crucial que ele precisou usar a ferramenta e baseado nisso, avaliamos se ele tem a competência para realmente desenvolver aquela determinada função”.
Em suma, o psicólogo diz que é importante salientar que um processo pode ser tecnológico, ágil e de qualidade, porém sem perder o aspecto humanizado. As empresas precisam saber dosar muito bem o uso dessas ferramentas, definindo metodologias e conceitos práticos sólidos com personalização, se preocupando com a experiência do candidato, prezando pela boa comunicação e empatia.