A prova do Enem 2022 (Exame Nacional do Ensino Médio), que ocorrerá nos dias 13 e 20 de novembro, terá apenas questões inéditas. Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), não haverá a necessidade de reutilizar questões de provas anteriores nesta edição. As informações são do portal UOL.

O exame será aplicado para mais de 3 milhões de estudantes do ensino médio. Procurado pela equipe de reportagem do UOL, o Inep afirmou que a avaliação deste ano foi construída “seguindo os mesmos critérios e procedimentos das edições anteriores”.
Servidores do instituto alertaram, desde o ano ado, à presidência do órgão sobre a escassez de perguntas para o exame. O BNI (Banco Nacional de Itens), que reúne questões aprovadas para uso no Enem, também foi alvo, em 2021, de uma tentativa de terceirização pelo então presidente do Inep, Danilo Dupas.
Dessa forma, a edição 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio foi montada sem repetir questões de anos anteriores. Porém, há perguntas que não foram submetidas a pré-testes. Segundo integrantes do órgão, essa não é uma situação inédita e não irá prejudicar a qualidade da avaliação.
Conforme os servidores, o problema é ter uma porcentagem maior de perguntas não testadas do que de previamente testadas. O UOL questionou diretamente ao Inep se as novas questões foram testadas, mas o instituto disse que “qualquer informação sobre a entrada de itens novos no BNI é de caráter sigiloso”.
Escassez de perguntas 61376
A escassez de perguntas não é uma novidade no instituto. O último pré-teste, por exemplo, aconteceu em 2019, primeiro ano do atual governo. Nos últimos anos, servidores apontaram o problema, mas nada foi feito até março, quando um grupo de gestores propôs repetir questões de edições anteriores com a justificativa de que a atualização do banco de itens é um processo “moroso, custoso, sigiloso e que demanda alta quantidade de mão de obra”.
Com a repercussão negativa, o Inep voltou atrás e desistiu de repetir perguntas. Para qualquer questão ser incluída no Enem, precisa fazer parte do BNI. Para isso, a pergunta precisa ser elaborada e, depois, testada. Dentro e fora do governo, o BNI é considerado um instrumento forte e técnico, que ajuda a blindar o exame de influências externas. Isso, porque, não é simples incluir ou excluir uma questão ou conteúdo específico.
Banco de perguntas em atualização 3i225r
O Instituto começou a acelerar os processos de atualização do banco de itens. Além do Enem 2023, o instituto trabalha para montagem do novo Enem, que será aplicado daqui dois anos.
O cronograma do exame é complexo e longo, por isso, as discussões sobre o ano seguinte sempre começam com grande antecedência. Entre o fim da data de inscrições e do dia da prova, por exemplo, são necessários 170 dias para dar conta do processo de elaboração e logística de todo o processo envolvido.
*As informações são do portal UOL.