
A cada ano, os alunos do Ensino Fundamental do Colégio Marista realizam projetos que contribuem no seu desempenho acadêmico, socioemocional e geram melhorias na comunidade educativa e até no município. A partir de um problema real de interesse da turma, os estudantes am a pesquisar, com o objetivo de ampliarem seus conhecimentos e colocá-los em prática por meio de uma ação simples e viável, que modifique de forma positiva o espaço em que vivem.
Um desses projetos, por exemplo, reforçou o direito a atendimento prioritário a pessoas do espectro autista. A Lei já existia, mas não era divulgada ou cumprida, o que levou os estudantes a buscarem a efetivação desse direito por meio da parceria com a promotoria pública, que acionou o CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), colocando em prática a Lei Municipal 6932 de julho de 2017. A legislação torna obrigatório o símbolo mundial do autismo em placas de atendimento prioritário nos estabelecimentos públicos e privados do município.
O tema ganhou espaço na sala de aula após os alunos conviverem com um colega de classe com a condição de autista. Ele precisava ter preferência, para que não ficasse nervoso e agitado, explica a coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais, Jacqueline Nicoladeli Gonçalves Teixeira. “Havia um combinado na turma, que o colega teria prioridade nas situações em que houvesse necessidade de aguardar a vez, a exemplo de se servir no horário do lanche”.

A partir desta vivência os pequenos começaram um processo de questionamento e investigação do tema, com a mediação dos professores e dos parceiros externos que foram convidados para fazer parte do Projeto. A pauta foi discutida na Câmara de Vereadores de Criciúma e na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. De acordo com o Promotor de Justiça Luiz Fernando Góes Ulysséa, os alunos deram uma verdadeira aula de cidadania. “Ao conviver com o amigo com espectro autista, perceberam que muitos direitos estavam sendo violados. A iniciativa deles foi além dos muros do colégio e fico feliz em ter colaborado de alguma forma”, conta.
A ação em parceria com o Ministério Público de Santa Catarina resultou na inclusão do símbolo que identifica o atendimento prioritário a pessoas com autismo na cidade. “A aprendizagem precisa ser significativa para que a criança possa utilizar seus conhecimentos no tempo presente, o que a faz ter interesse pela escola e desejo em aprender”, explica a coordenadora.
O que é o PIS? 44u1m
O Projeto de Intervenção Social acontece nas turmas do primeiro ao quinto ano do Colégio Marista, e alia o ensino em sala de aula às boas práticas sociais executadas pelas crianças. A iniciativa promove a sensibilização dos alunos através de um compromisso social.
A ação vem de encontro com a essência do Instituto Marista, fundado em 1817 por Marcelino Champagnat, na França. Hoje, a instituição atua em mais de 80 países impactando cerca de 654 mil crianças, adolescentes e jovens na Educação Básica e Ensino Superior. Em Criciúma, o colégio iniciou suas atividades em 9 de janeiro de 1961. Desde então, tradição e atualidade andam juntas há mais de 60 anos, em constante aprimoramento educacional e social para crianças e jovens.
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Outra iniciativa foi a revitalização de uma praça do entorno da escola. Por meio de uma atividade desenvolvida na praça, as crianças perceberam a necessidade do plantio de flores e de árvores no local, para que o espaço se tornasse mais atrativo para o convívio das pessoas, dando início ao PIS: “Sensibilidade nos faz criar laços”. A partir das rodas de conversa, das pesquisas, dos planejamentos desenvolvidos pelo grupo e da parceria com uma das mães da turma que é arquiteta paisagista, o espaço foi transformado e beneficiará toda a comunidade.
“Utilizando variadas linguagens, as crianças precisam planejar e executar muitas ações, fazendo com que adquiram e ampliem habilidades acadêmicas e socioemocionais necessárias para uma educação integral”.
