Os professores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) iniciaram uma nova votação para decidir se aderem ou não à greve nacional da categoria docente. O resultado deve sair na sexta-feira (3), às 16h.

Caso a adesão à greve seja aprovada, a paralisação começará a partir do dia 7 de maio.
A votação online foi aberta às 16h de terça-feira (30), após a assembleia geral extraordinária da Apufsc-Sindical, que representa os docentes da UFSC.
Os professores já tinham rejeitado a adesão em 6 de abril. A votação acirrada registrou 582 votos contra a paralisação, 512 a favor e 24 em branco.

A segunda votação ocorre após a categoria docente rejeitar a proposta apresentada pelo governo, que seria um reajuste salarial de 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
Em mesa de negociação, o Ministério da Gestão argumentou que não haverá reajuste salarial para os professores este ano por falta de espaço orçamentário.
Entenda a greve nacional dos professores 5mh10

A greve dos professores de instituições federais começou em 15 de abril em todo o país.
Conforme o sindicato nacional Andes, 41 universidades federais já aderiram à greve, além de cinco institutos federais e um Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica).
A categoria docente reivindica 22% de reajuste salarial, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06%. A primeira parcela seria para este ano e as outras para 2025 e 2026.

O movimento exige também a revogação de normas aprovadas nos governos Temer (2016–2018) e Bolsonaro (2019–2022), além do reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Além disso, a mobilização defende a reestruturação da carreira e a recomposição orçamentária das universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais.
Os professores e servidores técnico-istrativos do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) estão em greve desde 8 de abril. Ambas categorias são representadas pelo Sinasefe.

Cerca de 2,7 mil servidores trabalham nos 22 campi e na reitoria do IFSC. Alguns campi anunciaram a suspensão das aulas e a paralisação dos setores de atendimento.
Na UFSC, os servidores técnico-istrativos em educação são representados pelo Sintufsc e estão em greve desde 11 de março. Na terça-feira (30), manifestantes ocuparam o prédio da reitoria.
A principal reivindicação do ato foi a saída imediata do superintendente do Hospital Universitário, Spyros Dimatos, devido a uma ação judicial contra a greve.