Uma onda de protestos pró-Palestina tomou as universidades dos Estados Unidos. Na quinta-feira (2), o total de manifestantes presos pela polícia nos campi ultraou 2 mil, de acordo com a Associated Press.

Na madrugada de quinta-feira, a polícia da Califórnia usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os estudantes e professores acampados na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).
A instituição foi palco de um confronto violento entre manifestantes pró-Palestina e pró-Israel na quarta-feira (1º). A direção da UCLA, em consequência, suspendeu as aulas.
Segundo a polícia, centenas de estudantes foram presos após se recusarem a deixar o local. A faculdade, no entanto, não é a única a protagonizar os protestos.

As manifestações contra a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza começaram em 18 de abril em todo o país. Os jovens pedem o cessar-fogo imediato e exigem que as instituições se desliguem de empresas que apoiam o governo israelense.
Quais universidades participam dos protestos? 6l4t2d
A Universidade de Columbia, em Nova York, é considerada o epicentro da mobilização. Os alunos montaram um acampamento no início de abril e ocuparam o Hamilton Hall, um dos prédios da instituição.

A polícia estadunidense usou equipamento de choque para entrar no campus na noite de terça-feira (30) e expulsar os manifestantes. Um ônibus levou os estudantes detidos.
Outras faculdades renomadas da Ivy League participam do movimento, como Harvard, Yale, Brown, Universidade da Pensilvânia, Princeton e Cornell.

As forças de segurança também interferiram na Emory University, City College de Nova York, Universidade de Winsconsin, Universidade do Texas, Universidade da Carolina do Norte e na Florida State University.
O dia 30 de abril registrou o maior número de prisões em um único dia em todo o país desde o início do movimento, com quase 400 detenções.
Um vídeo mostra a ação policial de quinta-feira na Universidade de Portland, que resultou na prisão de 30 pessoas. As autoridades entraram na biblioteca onde os estudantes estavam barricados desde segunda-feira (29).
Law enforcement cleared a library at Oregon’s Portland State University for a second time Thursday night, with the day’s arrests there reaching at least 30, as pro-Palestinian protests and resulting police actions continued to roil the campus and many others across the country.… pic.twitter.com/JB5GNVn5bi
— The Washington Post (@washingtonpost) May 3, 2024
Também na quinta-feira, o presidente Joe Biden comentou a situação durante uma coletiva na Casa Branca. “Há o direito de protestar, mas não o direito de causar o caos”, repreendeu.
Mesmo diante da pressão, o presidente declarou que não vai reconsiderar sua política no Oriente Médio.
“Destruir propriedades não é um protesto pacífico. É contra a lei. Vandalismo, invasão de propriedade, quebra de janelas, fechamento de campi, forçando o cancelamento de aulas e formaturas, nada disso é um protesto pacífico”, defendeu Joe Biden.