Dia da Consciência Negra: 5 personalidades negras que fizeram história em Santa Catarina 2e4j6a

Com destaque na literatura, artes e música, os nomes marcaram a evolução da sociedade 394867

Deixar o nome registrado nos acontecimentos históricos e servir de inspiração para as gerações futuras é o desejo de muitos. Quando pensamos na trajetória dos negros no Estado nomes importantes surgem, como Antonieta de Barros e Cruz e Souza. Por mais que ambos estejam inseridos na história e nos livros, existem outras personalidades que também contribuíram com o desenvolvimento da cidade.

No mês em que a Consciência Negra ganha visibilidade, enaltecendo a cultura, o conhecimento e o papel daqueles que fazem parte da evolução da sociedade, nada melhor do que conhecer alguns nomes que entraram para a história!

Dia da Consciência Negra: 5 personalidades negras que fizeram história em Santa CatarinaNo Dia da Consciência Negra, conheça personalidades negras que fizeram história em Santa Catarina – Foto: Cristiano Andujar/Divulgação/ND

Antonieta de Barros f6s4

Você já imaginou qual é o peso de ser uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil? A importância de ocupar um cargo de relevância, atuando na conquista de direitos? Antonieta de Barros é o nome da responsável pelo feito. Uma das primeiras negras a assumir o posto de deputada estadual por Santa Catarina, em 1934, as contribuições vão além da política.

A principal reivindicação estava ligada à educação, acreditando que o conhecimento era o caminho para as transformações. Além das contribuições em sala de aula, Antonieta deu origem a uma das datas mais especiais: o Dia do Professor.

Vale ressaltar que os feitos da mulher foram conquistados anos depois da abolição da escravatura e do sufrágio feminino — movimento que garantiu o direito ao voto a partir de 1932 e a obrigatoriedade em 1965.

Neide Maria Rosa 1c3n2p

É quase impossível contar a história sem mencionar a cultura, não é mesmo? No caso de Neide Maria Rosa (Neide Mariarrosa), o instrumento para mudar a realidade era a música.

Florianopolitana, assim como Antonieta, a cantora, locutora e atriz de radionovela começou a ser reconhecida na década de 50.

Um dos trabalhos de maior destaque foi a versão do Rancho do Amor à Ilha, canção utilizada em um concurso e que anos depois ou a ser o hino de Florianópolis.

Cruz e Sousa 271b4r

Figura que dá o nome a um dos edifícios mais ilustres da capital catarinense, o Museu Histórico de Santa Catarina, João Cruz e Sousa foi o poeta precursor do movimento simbolista no Brasil.

Natural de Florianópolis, Cruz e Sousa nasceu em 1861, filho de escravos alforriados. O autor se interessou desde cedo pela literatura e ciência. Com seu talento e amor pela área, logo se destacou, porém teve de lidar com as violências geradas pelo racismo.

Engajado na campanha abolicionista, a luta pela igualdade racial e a dor do preconceito foram temas recorrentes de suas obras. Em seus poemas, Cruz e Sousa também abordou o processo do autoconhecimento e as aflições que enfrentou em seus 36 anos de vida.

Ildefonso Juvenal 3n5z5n

Nascido na antiga cidade do Desterro, atual Florianópolis, Ildefonso Juvenal da Silva possuía diferentes facetas, mas foi por meio da literatura que marcou sua presença na história de Santa Catarina.

Além de escritor e orador, Ildefonso também foi militar e farmacêutico, se tornando o primeiro homem negro a se formar em uma instituição de Ensino Superior em Santa Catarina.

Aos 20 anos de idade fez sua estreia na literatura de Florianópolis, em 1914, e em 50 anos de carreira, o autor publicou obras de contos, poesias, artigos e crônicas em diferentes revistas e jornais do Estado e de outras regiões do país — Ildefonso se tornou um dos destaques do cenário intelectual catarinense.

Sua participação em associações literárias o impulsionou a ser cofundador da Associação dos Homens de Cor, do Centro Cívico e Recreativo José Boiteux, do Centro Catarinense de Letras e da Associação Promotora da Herma de Cruz e Souza.

Valda Costa 4p6511

Sonhadora, mãe, enfermeira, cabeleireira e artista plástica, Vivalda Terezinha da Costa é o retrato de diversas mulheres negras brasileiras que por meio de sua dedicação e força batalham para conquistar seus objetivos.

Moradora do Morro do Mocotó — e natural do Estreito —, Valda foi autodidata e demonstrava talento para as artes desde pequena. Sua aptidão pela área e suas técnicas se ampliaram ainda mais quando começou a frequentar o ateliê de Martinho de Haro.

Marcadas pelas linhas e cores, em suas obras a artista retrata os cenários do lugar onde morava, o folclore ilhéu e o carnaval, sempre colocando personagens negros como os protagonistas de suas pinturas. Com mais de 800 obras espalhadas pelo Brasil, é possível encontrar algumas de suas peças no Museu de Arte de Santa Catarina.

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