A chegada ao nono ano e o fim do Ensino Fundamental são fases decisivas para aqueles que estão olhando para o futuro. No caso de Isadora Pinheiro Vanderlind, 14, Júlia Dias Linck, 14, Felipe Rocha, 14, e Alexa de Los Angeles Garcia, 14, da Escola Municipal Doutor Sadalla Amin Ghanem, as expectativas estão sendo compartilhas, despertando em cada um sonhos para o ano que está por vir.

Oitavo ano: o mais difícil 6b4r1r
No processo de aprender e descobrir novas fórmulas ou gêneros textuais, há sempre um ano que fica marcado — pelo obstáculo ou pela sabedoria. Para Júlia Dias Linck, o oitavo ano foi um dos momentos mais difíceis, fase em que novas atividades foram apresentadas.
Com o objetivo de conciliar o ensino com o desenvolvimento pessoal, agora é possível observar o conhecimento.
“Antes eu não conseguia fazer trabalho em equipe, no quinto e sexto ano. Agora tenho mais liberdade e consigo fazer as coisas, até porque conheço as pessoas. Vamos criando intimidade, conversando mais, chega uma hora que não sentimos mais vergonha em falar e se expressar”, pontua a estudante.
Entre os receios, um dos principais é estar em um novo espaço, com diferentes turmas e componentes curriculares. Entretanto, Júlia sabe que a preparação neste ano pode ser o diferencial para 2025.
“Acho que vamos ter muita revisão de todos os anos, do sexto até o nono, e a preparação para essa etapa da vida, ano que vem, que vai mudar tudo”, comenta a adolescente. Se no início da vida a proximidade foi com o balé, com oito anos de experiência, agora a atenção está no jornalismo.
“Estou ansiosa para ter mais responsabilidade na escola, porque quando a gente entra no primeiro ano (do Ensino Médio) muda totalmente a sua vida. Vamos assumir mais responsabilidade, mais deveres”, afirma, salientando que as mudanças foram marcadas pelo conhecimento.
“Focar bastante, principalmente no oitavo ano, que, para mim, foi o ano mais difícil. Focar muito, estudar sempre que puder, deixar de lado a preguiça e falta de vontade de estudar. Continuar no foco e criar bastante meta.”
A chegada a ville e o nono ano x474e
As dificuldades também se estendem para aqueles que estão chegando à cidade, como no caso de Alexa de Los Angeles Garcia. Natural da Venezuela e há dois anos em Santa Catarina, foi aqui que a jovem fez amizades e testou a proximidade com a nova língua.
“Ficava sozinha porque não conseguia fazer trabalho em grupo, mas aqui estou me acostumando a trabalhar com outras pessoas.”
Com o desejo de seguir a carreira médica, como cirurgiã, a presença dos professores e o acompanhamento nas aulas é um diferencial, ainda mais para quem sabe as dificuldades que podem surgir no nono ano.
“Acho que será um novo desafio. O nono ano é o final de uma etapa, que desde criança esperamos, mas é o começo de outra. Será nessa etapa que vamos decidir o que será no futuro”, elenca Alexa, que possui facilidade em Matemática e Artes, tendo como meta conseguir manter todas as notas acima de sete.
“Se esforcem, porque tem várias pessoas que não ligam muito pra isso. Foque nos estudos porque isso serve para o futuro.”
Robótica, comunicação e amizade
Como você reagiria se tivesse o desafio de resumir alguém em poucas palavras? Por mais que seja difícil, algumas pessoas ficam conhecidas por aquilo que compartilham — seja por conta do jeito, da escolha ou preferências.
É o caso de Felipe Rocha. A proximidade com a robótica, por exemplo, começou cedo, ainda no quarto ano. “Fiz um aspirador de pó, com um monte de coisa: papelão, motor de carrinho, controle remoto. Adorava montar essas coisas”, comenta o jovem, que almeja uma carreira como engenheiro mecânico, mas entende a necessidade de conhecer outras possibilidades.
Ele frequenta a unidade desde o terceiro ano, mas sua rotina na escola começou a mudar com a primeira amizade — esse foi o incentivo para conhecer outras pessoas e compartilhar as dúvidas.
“Desenvolvi bastante o intelectual, fazer conta de cabeça, conversar com as pessoas. Era mais fechado na época, agora faço amizade fácil”, conta Felipe, que tem facilidade com Língua Portuguesa e Matemática.
Mesmo que muitos momentos tenham sido marcados pelo desejo de compreender os trabalhos e atividades, hoje todo o esforço faz sentido.
“ei muitas tardes ‘rachando a cabeça’ para aprender”, destaca o aluno, que planeja aprender mais sobre informática e Inglês, compreendendo que ambas são essenciais para quem almeja uma posição no mercado de trabalho.
“Escute o professor, ele é a fonte do conhecimento que recebemos. Se você não escutar ele, você não vai saber. O que muitos fazem, e eu fazia também, é decorar a matéria, mas depois, no ano seguinte, esquecia tudo. O comportamento também, sempre obedecendo.”
“Não devo me subestimar” 15m3h
Se o momento é focado nos novos conhecimentos, há algo que merece atenção: como cada um consegue identificar a evolução pessoal. No caso de Isadora Pinheiro Vanderlind, o Ensino Fundamental foi marcado pela absorção de muitos conteúdos e boas notas.
“Gosto bastante de estudar história, gosto muito de entender a história de países ou porque certas coisas aconteceram, porque deixaram de acontecer, de existir. Acho muito interessante”, diz a estudante.
Sobre a mudança pessoal, foi por meio das tarefas que surgiram habilidades.
“A escola ajuda bastante a desenvolver responsabilidade, disciplina, tanto educação de caráter, quanto disciplina para você manter uma rotina, porque é muito importante ter uma rotina, seguir uma rotina é bom, faz bem”, ressalta Isadora, que espera adquirir o máximo de conhecimento neste ano, como uma forma de preparo para aquilo que está por vir.
Interessada em psicologia, um dos focos é melhorar o raciocínio. “Quero trabalhar uma coisa que eu saiba e que goste de fazer, para não tornar algo cansativo, exaustivo e estressante”, elenca a jovem, que vê no próximo ano a mudança de realidade, com novos colegas, professores e componentes curriculares.
Além dos conhecimentos que serão aplicados no nono ano, existe um que ficará para a vida. “Aprendi que eu não devo me subestimar e também não devo deixar que outra pessoa me subestime. Por incrível que pareça, aprendi isso com a escola”, completa Isadora.
“Estude bastante, se esforce bastante. Se não entender a aula, pesquise, porque hoje temos tudo na mão. Pesquise no Google, veja um vídeo no YouTube, sempre vai ter algum professor explicando.”
Confira um pouco da rotina dos estudantes na escola e o preparo para o último ano no Ensino Fundamental: