Estudar é ultraar fronteiras e abrir as portas da imaginação com ações que possam levar os estudos para a prática. Essa fórmula está muito bem aplicada no Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Badia de Faria, uma escola retirada do Centro da cidade, considerada escola rural, com mais do que um time e turmas de alunos: é uma família dedicada a aprender e a ensinar.
No projeto “Amiguinho da Marinha”, alunos visitam diferentes espaços para aprender sobre educação marítima – Foto: EM Professora Badia de Faria/DivulgaçãoSímbolo de uma cidade com vocação para o mar, Navegantes e navegação estão diretamente associados – tanto pela sua capacidade logística e de transporte quanto pela cultura e herança de uma cidade promissora.
Um projeto educacional incentivado pela Marinha do Brasil é mais uma confirmação do tanto que a educação pode explorar e navegar em novidades e temas inéditos.
A professora da turma do quinto ano, Elisane Angioletti Altini, adotou o programa Amiguinho da Marinha, para crianças e adolescentes de 8 a 14 anos, desenvolvido pelo Comando do 5º Distrito Naval da Marinha do Brasil.
O projeto visa desenvolver a mentalidade marítima e exercitar espírito cívico com a valorização dos símbolos nacionais. Desde o mês de julho deste ano, a turma participa de várias ações para, ao final, conseguir o certificado.
O diretor da unidade, Marcos Fabrício Bittencourt, possui uma relação próxima com agentes da Marinha, o que facilitou a aceitação da escola. “O projeto consiste na realização de tarefas, como a visitação da Capitania dos Portos para conhecer as funções, visitação ao Museu Oceanográfico de Balneário Piçarras, eio na embarcação da Marinha pela Foz do Rio Itajaí-Açú, visitação ao Navio de Pesquisa Científica e atividades de educação ambiental”, ressalta o diretor.
Todos a bordo! 4x5m4s
O programa “Amiguinho da Marinha” possui sete etapas e teve início em agosto com a visita da escola à Delegacia da Capitania dos Portos e a realização do projeto Pátria Amada Brasil.
O diretor considera de suma importância o contato dos alunos com o papel que desenvolve a Marinha. “Essa mentalidade marítima, os cuidados com o meio ambiente e o civismo que tentamos resgatar. A BNCC diz que devemos formar cidadãos críticos. Temos muitos alunos aqui na escola, numa comunidade mais rural, que ainda não conhecem a praia, então a gente tenta aproximar eles de outra realidade desse outro mundo”, enfatiza o diretor Marcos.
A turma de 17 alunos também visitou o Museu Histórico de Itajaí, com a participação das Forças Armadas do Brasil. O projeto ainda prevê a visitação ao Píer e ao Porto de Itajaí.
Ao final, os estudantes produzem uma redação sobre o que aprenderam do projeto e, em outubro, participam de uma cerimônia na qual serão certificados como “Amiguinhos da Marinha”.
O aluno Bernardo José Camilo, que está com dez anos, comentou que conheceu os oficiais da Marinha que cuidam do mar. “A gente andou de lancha no rio e fizemos fotos quando visitamos o navio. A gente conheceu no museu alguns animais, como o pinguim e fósseis. Na lancha, a gente aprendeu a colocar o colete salva-vidas, e no navio, ficamos na cabine do comandante”, relembrou.
Rural é pop 6w2q35
Para o diretor Marcos, a Escola Rural mostra também que, mesmo afastada, pode se tornar uma referência e um modelo pedagógico. “Eu sempre tive esse objetivo de transformar a Escola Badia de Faria em uma referência.
Não é porque estamos mais retirados que não podemos nos destacar e ser os pioneiros, incluindo os estudantes na realidade do município e do contexto do nosso Estado e do nosso país”, ressalta.
A escola inspira outras unidades a desenvolver projetos que façam a diferença na vida do estudante. “Nossos alunos têm a possibilidade de desenvolver atividades diferentes e poder ser os pioneiros, pois eles se sentem realizando um trabalho gratificante. Queremos motivá-los e mostrar que eles também são capazes e que têm condições tanto quanto os alunos que estão em escolas centrais”, finaliza Marcos.
